terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Pior mãe do mundo

Foi assim que me senti ontem. Mais que mãe-monstro, louca, ou qualquer denominação dessas... me senti a pior do mundo e só.

Que as vezes bate um sentimento de fazer tudo errado, de ser incapaz de cuidar sozinha, de não saber o que fazer, de querer sair correndo sem olhar pra trás... sentimento de sumir mesmo. De sentar no quartinho e chorar como se não houvesse amanhã. Querer que o tal fim do mundo aconteça mesmo porque assim o pequeno não terá que ter a pior mãe do mundo por muito tempo.

Ontem foi um dia infernal. Entremeado por momentos de normalidade, Joaquim não estava num dia bom. Chorou por mais de uma hora sem parar e nada estava bem: não queria colo, não queria chão, não queria mamar, comer, brincar, água.. nada. Confesso que quando esse choro por motivo desconhecido eu entro em desespero. Não deve ser recomendado pela OMS nem nada, mas opa, não sei fazer diferente. E aí choramos os dois juntos... que não sabia mais o que fazer e não restou alternativa. Choramos até dormir. E aí passou... e voltou... e assim foi até a madrugada.

E nessas horas não dá para pensar nada a não ser que alguma coisa estou fazendo de errado. Penso que se eu tivesse que cuidar dele sozinha talvez não tivéssemos sobrevivido até hoje. É triste isso. você ver que não se sente capaz de cuidar do seu próprio filho sozinho... achar que não há no mundo pior mãe que você.

Não sei se é real ou não... um dia, quando ele estiver falando vai poder contar isso melhor, mas que o sentimento habita os pensamentos, habita.

Queria ser uma boa mãe e as vezes não sei como. Só isso.

mesmo sendo a pior do mundo, mamãe te ama, tá?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Papos intra-uterinos tem poder



Louca por louca, vou mandar mais uma verdade para vocês: papos intra-uterinos tem poder. OI? É isso mesmo colega... tudo o que você fala pro pequeno cidadão de alguma maneira é assimilado.

Uma amiga que contou uma vez que a tia tanto esfregou um cachinho de cabelo na barriga que a prima nasceu de cabelo enroladinho. E aí a amiga falou quando grávida que "nariz da mamãe, metabolismo do papai" e batata! Nariz da mãe e metabolismo do pai. 

Como mal não deve fazer, eu usei da mesma super técnica. Nariz da mamãe metabolismo do papai Joaquim! Bora ajeitar a espécie! E não é que o pequeno tem um narizinho lindo (modéstia: não temos) e é do metabolismo que funciona que é uma beleza e continuando assim nunca terá problemas com a balança, amém! 

Aí você fala: ahh tá bom que foi porque você falou com ele quando na barriga que ele assimilou e nasceu como planejado. 

Ah meu! sei lá se foi uma coincidência ou não, mas eu mentalizei e aconteceu! Vai entender.. deixo para os estudos contarem o porque disso.. Além do que não falei pra nascer a cara do Joaquin Phoenix. Só pedi o meu nariz. Era possível!

Enfim... o ponto é que tudo o que eu falei pra ele tá acontecendo. E eu fiz uma promessa que me arrependi. Explico: um dos mantras era que "se você for um bebê bonzinho que não fica chorando por nada, quando você for maior eu vou deixar fazer bagunça". Pensa num mantra tosco. Foi esse meu. Resultado: o menino é/foi um anjo. E hoje está destruindo - ou pelo menos tentando - tudo o que tem na frente. 

Ai se arrependimento matasse... 

Numa dessas, acreditando ou não, minha dica pra vida é: fala umas coisas decentes quando estiver grávida, peloamordedeus. Tipo: "não coloca o dedo na tomada"; "não escale a televisão", ou algo assim...

Pelo sim, pelo não; eu acho bem válido adotar isso. Vai que funciona pro bem né? 

vamos trocar uma ideia...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Viva! Não estamos sozinhos no mundo!


E no meio de todo esse tumulto de fazer mil coisas e viver em um mundo meio doido, é uma delicia ver que assim como você há no mundo outras mães "normais". Dessas do MLFC, saca? 

Porque né? Louca é você ser normal, ter um bom senso... normal é ser louca, bitolada. Confuso né? Mas é bem por aí...

Fui numa "palestra" (não é esse o nome, mas não achei denominação melhor) e aí rolou todo um papo de não pode dar fruta/suco/nada antes de 6 meses pro bebê.. e uma pobre coitada disse que deu e "oh meu deus!!! como essa criança vai sobreviver?!". Para né gente?! 

A recomendação da OMS, dos pediatras e de mais um monte de gente é sim aleitamento exclusivo até os 6 meses. Viu a segunda palavra qual era?! re-co-men-da-ção. O que significa que se por um acaso você precisa voltar a trabalhar antes, ou seu filho tá precisando de uma força na alimentação não há problema algum em um algo a mais além do leite materno. Sim, com acompanhamento e bom senso (lembra dele?). 

O Quim mesmo começou a comer papa super cedo.. com três pra quatro meses... porque o leite não dava conta, que ele passava o dia pendurado no peito e não era o bastante pra fome dele. Numa dessas começou com papa de frutas cozidas e tá aí.. firme e forte cheio de história pra contar. Numa dessas, quando tudo isso começou geral quase morreu de que co-mo as-sim ele já está comendo?!?! Tá ué. Tá feliz, tá saudável, todos sobreviveram. Rá! Conviva com isso! 

Quis ser solidária com a mãe errada e por sorte recebi olhares de cumplicidade.

Fiquei particularmente feliz e com o coração aos pulinhos de ver que não estou sozinha no mundo de fazer o que achamos melhor para os filhos. 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Bom senso: cadê?


Aí que você tem uns minutos de folga, ignora a pilha de roupas pra passar e vai fuçar na internet. E nesses minutos você lê muito- eu pelo menos leio. E nessas leituras você vê muita coisa interessante e muita variação... Porque né?! De gente louca o mundo tá cheio.

Quando eu falo louca é num sentido bem único. Não louca de sair correndo sem roupa na rua; nem louca presidente do MLFC... Mas louca de literal. De ler/ver alguma coisa e levar aquilo MUITO ao pé da letra. Nega que pega uma filosofia/corrente/whatever X e leva aquilo como se fosse o Corão e fosse arder no mármore do inferno caso saia uma vírgula fora. Do tipo: bom senso, não temos.

Porque né? quando se trata de crianças e de como cuidar/educar tem de tudo e pra mim é uma coisa muito particular. Já começa que se cada um tem suas particularidades e individualidades, porque raio isso seria diferente com uma criança? Não seria né? Pois bem.. o que funciona para mim pode não funcionar pra você mas pode funcionar para outro. 

Outro dia dei uma super-dica-genial-que-com-certeza-vai-funcionar para uma mãe e não funcionou. Normal né meu povo... pro Joaquim deu certo mas pro Fulano não. Paciência. 'Cest la vie.

O problema - para mim é um problema - é que muita gente não vê as coisas desse jeito.. e acha que as regras são universais e devem ser seguidas. Então se alguém fala que não pode isso e só pode aquilo tem que ser assim. Pára né?! Quer dizer que seu filho só vai se desenvolver se tiver uma casa adaptada a ele? ou uma caixinha de surpresas? ou se tiver um andador? ou isso ou aquilo? Muito louco acreditar nisso.

Há sim, diversas correntes, ensinamentos, filosofias... tá tudo aí em livros, revistas e internet para quem quiser ler e conhecer. Tem também a sabedoria popular, os conselhos de mãe, pai, avó... nada disso é 100% verdade ou 100% eficiente. Ninguém conhece seu filho melhor que você - pelo menos por enquanto - então sente oq ue faz ele feliz ou não... sente as necessidades. Se você acha que o método X é bacana, use-o.. mas adapte a sua realidade, a o que você pode, a o que ele gosta. Impor por impor não funciona. 

Pelo menos eu acho isso. Sou estranha?

use sem moderação

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mães Loucas Futebol Clube


Foi lendo a Potencial Gestante que dei com esse post aqui da mãe estressada e opa! a carapuça super serviu...:

na minha imaginação fértil, eu seria uma mãe diferente. nunca levantaria a voz para o meu filho, não surtaria nunca e seria sempre amável e carinhosa, como a insuperável mãe do caillou.
mas a vida real é bem diferente dos desenhos. beeeeeeeem.
em geral o benjamin dorme relativamente cedo e levanta num horário bom, mas às vezes ele pira e quer acordar no meio da noite pra brincar. aí é um sufoco.
eu acordo um bagaço, nervosa, irritada, gritando pras paredes, brigando com o marido, chutando o cachorro. ponho a culpa na diarista, que não lavou a louça direito, no vizinho, que ronca à noite inteira, toma banho às 6h30 da manhã com um sabonete muito fedido e fica assoando o nariz até expelir todo o pulmão (e acordar a casa toda).
aí passo o dia inteiro que nem um zumbi, me escorando pelos cantos, tirando uns cochilos esquisitos.
mas mesmo quando eu durmo bem, estou sempre tensa. um pouco menos, mas continuo.
eu sou muito cricri. uma legalista por natureza, presidente do crazy mamas country club.
não deixo meu filho assistir tv, não gosto que ele coma açúcar (só socialmente, e olhe lá), odeio aquelas musiquinhas infantis sintéticas e acredito que isso influencia a criança a ter um gosto musical limitado no futuro.
aliás, muitas coisas que eu estimulo ou veto aqui em casa são justamente pensando no futuro dele.
Prazer, Natália "a louca", mãe do Joaquim "a vítima". Louca o caralho (desculpa o palavrão) eu to certa e pronto. Odeio a tal da galinha da Maggi repaginada, aka Galinha Pintadinha, não deixo o Joaquim ver porque pra mim aquele trem tem mensagem subliminar. 

E quer saber? ele não é uma criança menos feliz por conta disso. Faz as suas bagunças. mexe onde não deve, faz todas essas coisas de criança/bebê. e tá ok assim. Muito embora eu por muitas vezes esteja irritada ou cansada... mas não vai ser um trem azul que vai me salvar disso. Há quem diga - 99,9% do mundo - que eu não sei o que é bom; que a galinha possúida (e qualquer desenho do tipo) é uma benção, que faz as crianças ficarem quietas etc e tal... mas ó: não faz falta. Lógico que eu queria ter uns momentos de paz e tranquilidade, mas não acredito que vá ser isso que vai me salvar. Não acho saudável ficar vendo essas coisas coloridas e repetitivas... além do que eu acho um saco ficar ouvindo a mesma música chata o dia todo. Egoísta? Talvez nesse ponto. Mas bem consciente no achar que não é necessário para o Joaquim. 

Numa dessas fico correndo atrás de menino, tirando dedo da tomada, salvando a TV de ser derrubada, tirando cabeça de quina. Na boa. Cansa? Opa, pacas! Mas faz parte né? Se não fosse para ele dar trabalho eu trancava no berço e saía para dar uma volta. O efeito ia ser o mesmo da galinha. Ele ia ficar isolado do mundo e pronto. Chato isso.

Sou chata, sou careta, e foda-se... tá bom assim. Estamos todos os três sobrevivendo, um beijo!

oi, eu não vejo TV, tenho uma mãe estressada e sou feliz! 
**Update: ontem (03/12/12) o pequeno estava todo entretido "lendo" um dos livros dele.. apontando as figuras e fazendo sons como que estivesse lendo mesmo... como disse o Tadeu: "é.. acho que estamos fazendo isso certo". 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

minha nada mole vida

Porque né?! Muito se fala das mil maraavilhas da maternidade/paternidade, mas e a parte ruim?

É.. porque desculpa aí, mas até em contos de fadas não são tudo rosas. Vide a Cinderela que limpava chão loucamente, a Branca que virou morta, Rapunzel que devia ter dores de cabeça horríveis... enfim.

A real é que igual eu li na matéria da Época dessa semana, entre uma coisa bacana e outra coisa bacana tem mil coisas chatas. É. Igual no seu trabalho, na escola, ou em qualquer coisa.. entre um sorriso lindo e a primeira engatinhada tem umas noites em claro, umas ranhetices, umas manhas... mil coisas que ninguém conta. Porque muito mais bacana você pagar de vida linda e cor de rosa.

Estão rolando vários blogs por aí pregando pela realidade da maternidade/paternidade. não só apoio mas também me incluo no movimento: pela verdade!

Acho que sempre fui sincera aqui, sobre tudo o que foi não saber, saber, por precisar super de ajuda da minha mãe (até hoje, confesso), por tudo.

Embora seja tudo muito bacana e novidade e tudo mais, cansa sabe gente. Cansa muito. E não é só o não dormir, porque depois de um tempo sono pra que né? Mas tem a ausência de vida social, a sensação de Rapunzel (olha ela aí de novo) presa na torre, a falta de tempo pra arrumar a casa, fazer as unhas... ai ai... Nada que vá fazer você morrer, convenhamos. Afinal, um dia sua mãe fez tudo isso né?! Se pá é esse o pensamento que faz a gente respirar fundo e seguir em frente.

Afinal, entre mortos e feridos, há sobreviventes!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Amor incondicional

Dia desses uma amiga perguntou como é isso de ser mãe. Que saber que a tal chavinha existe foi um alívio, mas e aí? Como funciona o tal amor incondicional?

Porque né? Nunca fiz planos de ser mãe, então acho que numa dessas acaba que sou uma fonte mais ou menos confiável... por não ter a visão romântica e etc.

Quando uma outra amiga nossa - e minha cunhada e mais um monte de gente - falava pra mim que "é muito louco, surge um amor incondicional" eu confesso que não entendia bem. Na verdade eu achava que quando ele nascesse e eu o visse ia acontecer alguma coisa sei lá... mágica e um amor diferente ia surgir do nada e eu ia entender tudo isso.

Mas... não é bem asssim. Ou pelo menos para mim não foi.

Sim, quando você vê aquele serzinho é mágico. Ver como ele é, entender que daqui para frente tudo vai ser diferente e tudo mais... mas eu ainda não entendia. Mas passei a entender. No dia a dia. No primeiro acordar de madrugada para acalmar ele, nas primeiras e segundas e vigésimas coisas que acontecerem. O tal amor incondicional aparece todo dia. É ele que faz você não surtar de vez.

É por causa dele que por mais que o pequeno chore, esperneie, puxe seus cabelos, não te deixe dormir e tudo mais, você olha pra ele e ama. Simples assim. Por pior que seu dia tenha sido, por mais chato e cansativo que tudo foi... você ama, quer bem, quer cuidar... você entende que aquela chatice não é de propósito, mas porque ele não sabe comunicar de outro jeito ué. E quando souber, acho que não muda muita coisa. Você entende... perdoa.. perde a vontade de esganar.

E é assim amiga... a gente vai vivendo, vai entendedo que esse tal amor incondicional vai surgindo e crescendo dia após dia. E que... na boa? Só vivendo para entender.

Um dia tenho certeza que você vai saber.

um precisa do outro. simples assim.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Mãe-Polvo? Really?

Aí que rola uma lenda de que você mãe tem que ser polvo. Na verdade essa máxima é de que você mulher deve ser polvo.

Mas tem mesmo? Quem disse?

Ok que sua vida muda, que cuidar de um pequeno demanda mais atenção, tempo e cuidado. Mas e por conta disso você tem que cuidar do filhote, ter a casa limpa, um blog atualizado e ainda acabar o dia penteada e de unhas feitas? Por muito tempo eu pensei isso. Que eu tinha que dar conta de tudo e mais um pouco e quando o namorado chegasse em casa - que estaria um brinco - eu estaria de banho tomado e sorridente com um lindo risoto na mesa.

Chorei, esperneei, chorei de novo, gritei, desabafei com as amigas, chorei com a mãe, chorei com o namorado, me senti o cocô do cavalo do bandido e ai eu cansei. E percebi que OI? não preciso ser super mulher. Simplesmente porque não dá, um beijo.

Então eu mudei. Mudei o lugar que eu sento no sofá para quando o Joaquim estivesse mamando eu não enxergasse a poeira embaixo da cama. Mudei e desisti de ter a casa um brinco 100% do tempo. Um dia a gente varre, no outro passa a roupa, no outro faz um bolinho. E tá ótimo. Joaquim tá aí vivo pra contar.

Não é o ideal? Sei lá o que é ideal meu povo. Não dou nem conta de fazer as unhas, quem sou eu para dizer o que é ideal ou não? A real é que é isso que tem pra agora.

A real, de verdade, é que essa tal mulher polvo não existe. Assim como a mãe polvo é mito. Fazemos mais de uma coisa ao mesmo tempo? Sim, fazemos podemos.. porque rola uma capacidade para isso. Mas isso é uma obrigação? Nah. Longe disso. Se você quer se matar para ser mãe, dona de empresa, empreguete e madame tudo junto e misturado, boa sorte. Mas de verdade? Nada disso nunca será 100%. É igual disse a Nina Lemos nesse texto genio (Instagram da Depressão) de que não dá pra ser tudo.

Então para de querer ser a supra sumo do mundo e vai ser feliz.

Mulher Maravilha é só aquela do desenho. Nós, mães, somos gente normal com um pouquinho mais de paciência. E só.



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Verdades do pós-parto

Não vou entrar em detalhes sobre como é ou não é...especialmente porque eu não vi nada; mas tem umas coisinhas que ninguém conta e é um saco você descobrir sozinha.

O Quim estava muito confortável sentado, lembram? Numa dessas ele nasceu de cesárea. Aí você me pregunta: e como é? dói? incomoda? é traumático? Não meu povo... é bizarro. Essa foi a única palavra que eu encontrei para explicar como isso tudo funciona.

Primeiro que é rápido pra caramba. Tipo, o nascimento. O que demora é todo o processo de abre fecha. E isso é um saco. Porque você colocou a roupinha, foi pra maca, andou pelos corredores, tomou anestesia - que nem dói tanto assim - a vacina de tétano que tomei esses dias doeu muito mais - deitou lá e ficou esperando alguma coisa acontecer. Aí você ouve o choro, vê o ser sujinho, dá um beijo, sorri pra foto e fim. Nisso foram sei lá.. 20, 30 minutos? Depois que demora uma eternidade.... mil anos para te fecharem.

OK, falando assim é aterrorizante né? O fato de abrir também... mas se você for não pensar e ver que, na verdade você não sante porcaria nenhuma, não é tão péssimo assim. É chato pra caramba ficar olhando pro lençol, revezando com o teto por infinitas horas, sabendo que estão mexendo, chacoalhando e tudo o que tem direito e não sentir ou ver nada. É estranho, mas no fundo é bom.. porque deve ser nada agradável assistir - Tadeu que o diga.

Bom.. aí passou tudo isso.. você viu aquela carinha linda de joelho, se emocionou, ficou mais infinitos tempos esperando acabar tudo. Aí você pensa: uhu! acabou.. vou pro quarto ver o pequeno!

Incorreto. Você vai pra damn recuperação.

Pensa num lugar chato. É lá. Você fica uma cara, olhando pro teto sem sentir sua perna. Pode ser mais chato, produção? Pode sim: você só sai de lá quando mexer a perna.

Eu não tive sono... então fiquei quatro longas horas - o dia que o Quim nasceu a maternidade estava superlotada e por isso demorei alguns anos para chegar no quarto - tentando passar o tempo. Minha escolha foi brincar de Kill Bill: mexa dedão! mexa dedão!

Chato pra caramba... mas aí você vai pro quarto e vê o coisinha mais linda do mundo! iei!

E a recuperação? Bom... acho que isso - assim como a gravidez em si - é super relativo. A minha foi rápida e tranquila. Em pouco tempo eu andava de boa, sentava com as pernas cruzadas (de índio) e tudo isso na paz. Há quem diga que demorou muito mais tempo... então acho que é de um pro outro e de oytro pro um. A real é que não dá pra abusar e se sentir a supermulher de uma hora pra outra... é chato de levantar... a cicatriz em si não incomoda mas todo o resto sim. Nada que você vá morrer... acho que é bem como uma oura cirurgia qualquer.

Mas ó... não se assuste. É de boa. Prometo. (e ver aquela carinha linda te mirando compensa qualquer dor)




quarta-feira, 11 de julho de 2012

Dormir é para os fracos

O mito dos mitos é, definitivamente por ora, esse lance de que uma criança passa a dormir a noite toda após completar três meses. A não ser que o conceito de "noite toda"seja de quatro horas, isso é uma puta de uma mentira deslavada.
OK que você - assim como eu - vai conhecer uma meia dúzia de pessoas que vai dizer que isso acontece mesmo. Umas até dizem que foi incrível como o filho magicamente passou a dormir...
Mas a real é que isso é um dos maiores mitos da história e que se eu pudesse pegar na porrada o cidadão que inventou isso eu o faria.
Sério, porque eu passei três meses esperando o dia que isso ia acontecer. Tipo, acreditei de verdade que clic, deu a idade X ele dorme, uhu!
Não, não dá para generalizar... por exemplo.. novinho de tudo o Quim resolveu uma época dormir a noite toda.. há um tempo atrás de novo, ia das 19h30 às 5h (que é o horário que acordamos, conviva com isso); mas depois que ele fez três meses achou tudo isso uma chatice e passou a fazer uma baladinhas de vez em quando.
A real meu povo na verdade é uma só: todos esses lugares comuns de comuns não tem é nada. Essas regrinhas que a gente pensa que "oh.. que bom saber isso"... é meio que lenda. Cada um é cada um e gosta daquilo que prefere.
Meu pequeno é baladeiro. Vou fazer o que? Não durmo. Porque dormir é para os fracos.


terça-feira, 22 de maio de 2012

E sair de casa, pode?

Poder pode... o X da questão é como, quando e como (já foi o como né? mas é bom reforçar)

Das muitas mudanças d.J. (depois do Joaquim) que não me adaptei, uma das que mais demoro a assimilar é o processo sair de casa. Coisa que antes, mesmo com barriga e talz eu fazia em cinco minutos, hoje é um longo processo de no mínimo uma hora. E isso meu bem, só aprendi na marra.

Primeira consulta na pediatra, adivinha quem chegou atrasada e esbaforida. Eu, lógico. porque pensei que o fato de sair de casa era fácil: pega o baby, a malinha, põe no carro e vai. Mas não meu amigo... isso não é real.

Rola toooooda uma preparação prévia, de deixar a mala pronta com duas mil fraldas - já caí no conto de "essas quatro dão" e me vi em apuros: melhor sobrar - ver se o cidadão está com fome, se tem que trocar, se está bem agasalhado.. já disse que tem que ver se está com fome? Pois é... e além disso tudo toca colocar o bebê desconforto no carro, convencê-lo de sentar ali... e ufa! Com um pouco de sorte você sai de casa.

Então com esse trampo todo... nem vale a pena pensar nisso né?

Lógico que não menina! Vai se trancar no lar por toda eternidade, amém? Lógico que não...

Já saímos com o Quim umas várias vezes... ele foi ajudar a comprar sofá, a colocar comida em casa, já foi almoçar com a mãe no aniversário dela e comer pastel na feira com o pai dele. Tá certo que por ser muito pequeno não dá para ir pra todo canto e sem limites... mas sair faz bem para todos. Sei lá... pode ser coisa minha, mas não acho saudável ficar em casa 100% do tempo. Um solzinho faz bem.. ver gente também. Não é porque você vai ter o maior trampo do mundo <drama mode on> que não vale a pena encarar a maratona.

Então respira fundo e acredita. Você vai se sair bem.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

mãe é mãe (e vice-versa)

Quase dois meses para voltar aqui... é.. isso de ser mãe dá trabalho.

No meio de tantos clichês e mentirinhas que a gente ouve sobre maternidade (prometo acabar com todos os mitos), uma verdade te garanto: mãe é mãe e vice-versa. Joaquim sem a dele não sobreviveria e idem eu sem a minha. Acho que com ela também foi assim. Pelo menos sei que minha vó ajudou quando eu nasci - e pelo o que consta nos registros eu era um bebê insuportável.

Admiro muito quem consegue ser mãe sozinha. Especialmente nesse começo, porque ó.. vou te dizer: é foda. Tentei achar uma palavra mais bonitinha - minha mãe não gosta que eu fala palavrões - mas não existe nada mais leve que explique melhor. É tudo muito novo. Esse lance de amamentar, dar banho, trocar, e ainda sorrir nesse meio tempo e achar que não está cansada. Cansaço, por sinal, é palavra de ordem que substitui desde o primeiro minuto de vida do filhote a palavra rotina. Essa aí vira uma palavra extinta no vocabulário. Já nem sei mais do que se trata.

Numa dessas, dependi - e ainda dependo, já que vira e mexe depois da mudança de casa ligo para ela pedindo socorro - muito da minha mãe (e do Tadeu, que me salva todas as noites). Fosse para ajudar no banho - que até pouco tempo atrás tinha medo de dar sozinha e sempre esperava alguém junto - fosse para arrumar a cama, abrir uma janela, segurar o pequeno para tentar tomar um banho ou tirar um cochilo. Preciosos momentos de você com você mesma que passam a ter um valor incalculável.
Aí você lê tudo isso e pensa: caraca! mas quanta reclamação! não quero nunca ser mãe.

Larga mão... se fosse tão ruim assim eu não estaria aqui contando tudo isso.

Apesar de todo cansaço, dificuldade e dependência é muito bom. É estranho pensar que um serzinho depende de você para existir. E justamente por ser uma coisa inexplicável que é tão mágico. É só pensar que todos os outros seres do mundo nascem sabendo tudo e só nós humanos que não. Ele depende de você para comer, dormir, aprender... isso é mágico. Noites em claro ou dormindo sentada? sim, isso vai existir e muito. Mas aí... quando você está no auge da irritação, fazendo planos sobra sumir no espaço e passar férias em Saturno, ele vai e te olha com uma carinha que não existe no mundo. E tudo isso passa. Como se não existisse cansaço, minhocas na cabeça nem nada disso. É você e ele e mais nada no mundo.

tem como resistir?!


Acho que é daí que dizem o tal padecer no paraíso...

sexta-feira, 23 de março de 2012

A tal chavinha

Pois como prometido estou acá de volta pra dizer que a tal chavinha que dizem que liga em você no momento que o filhote nasce existe. Não sei explicar como, nem porque, mas o fato é que de repente você simplesmente sabe. 

Não que ela ligada vá te garantir noites de sono tranqüilo e ininterrupto, ou que não vá bater um leve desespero quando o pequeno ser chora copiosamente sem motivo identificável. Não é que você vá se sentir a mãe do ano, melhor do mundo nem nada assim - longe disso, na verdade -  mas por algum motivo estranho e desconhecido você acaba sabendo o que fazer ou não. Como um dom natural que nunca existiu e mas sempre esteve ali. 

Que por mais que nenhuma criança no mundo simpatize com você tia monstra, o seu filho vai gostar. Afinal, é a sua imagem e semelhança, por mais que visualmente não pareça tanto. Mas é um pedaço seu. Alguma coisa ali você tem que entender, saber, ou se não sabe nem entende pelo menos respeita e tenta assimilar de um jeito ou de outro. 

De repente, não mais que de repente você que sempre foi desajeitada com sobrinhos e primos sabe muito bem segurar aquele serzinho com uma destreza até então desconhecida. Sim, você tem medo de esmagar, beliscar ou qualquer -ar do tipo. Mas é natural e simples. E ele não quebra! (embora eu tenha certeza que sim, já se passaram 9 dias e ele continua inteiro).

E essa chavinha, por mais que não te faça saber tudo - longe disso, na verdade a sensação é de saber nada - te faz ser tranqüila e usar o instinto. 

É como o que um amigo querido disse antes do Joaquim nascer. Que por mais que leiamos mil livros, artigos e o que for, no fim (abre aspas) SE houver situação que esse livro não trouxe, ou se as coisas sairem do script o MANUAL ta no seu coração. "Faz o que seu coração mandar que é o certo, mesmo se for de encontro ao que está escrito aqui no livro" (fecha aspas)

E olha... é bem por aí. Medinho? com certeza, mas no fim sabemos é tudo. 


quarta-feira, 21 de março de 2012

Chegou o Joaquim!

E depois de cinco nove meses, às 15h40 do dia 14 de março de 2012 eis que o Joaquim veio ver o mundo aqui fora. Confesso que ele não estava lá muito a fim de sair do bem bom não... mas veio mesmo assim.  

Firme, forte, grande e lindo! Sem cara de joelho, com narizinho, todos os vinte dedinhos, choro baixinho e meio rouco, cabeludo, bundudinho, de boquinha de sino e olhos grandes. Veio tumultuar o nosso mundo e deixar tudo mais bonito e alegre. 

Porque né? Melhor que nós dois só mesmo nós três!



Seja bem vindo Joaquim!!! 

quarta-feira, 14 de março de 2012

14 de março


74º dia de 2012.

Em 1985, foi o dia que Tancredo foi internado. Pouco mais de um mês depois faleceu, mais exatamente dia 21 de abril, um dia após a Natália nascer.

Dia em que nasceram gênios como Strauss, Einstein e Glauber Rocha. E outros nem tão gênios como Junior Baiano.

Dia da Poesia e também de Castro Alves. Dia de Santa Matilde. Aniversário das cidades de Batatais (SP), Santa Inês (MA), Mangabeira (BA) e de Rodeio (SC).

Dia que faleceu Karl Marx, o filósofo que tem atribuido a ele a seguinte frase: Vamos, caia fora! Últimas palavras são para tolos que não falaram o bastante!

E agora, a partir de hoje conhecido como Dia do Joaquim. E como diria Bial: Vem pra cá Joaquim! Você foi o escolhido com 100% dos votos te querendo do lado de fora.

terça-feira, 13 de março de 2012

Última noite...

Última noite que nós três ainda somos dois. 

Muito provavelmete a última noite de sono mais ou menos sossegada pelos próximos sei lá... vinte anos.
Ansiedade? Sim, nem tem como não. Mas tranquila. Dentro de como se pode ser, que de nada adianta surtar, pirar, fazer mil juízos, ideias e nem nada... as coisas simplesmente são, acontecem e pronto. 

Daqui a pouco, daqui a algumas horas o Quim estará aqui com a gente. Nós três seremos não mais dois mas três mesmo. Vamos aprender tudo juntos, apanhando e rindo. Daqui algumas horas a gestação relâmpago vai ser uma vida toda nova. Tudo novo de novo. 

Depois da tempestade vem o arco-íris.
Hoje ele veio duplo. 



Amanhã é dia de Joaquim. 

segunda-feira, 12 de março de 2012

Descobri que o Joaquim vai nascer

O medo do desconhecido nos faz enrolar ao máximo. Com o ser humano em geral acontece isso. Sempre que há algo novo e desconhecido nós temos medo e logo damos um jeito de postergar ao máximo o encontro com esse desconhecido.

Semana passada, mais especificamente na segunda, 05, em mais um pré-natal a médica falou: "O Joaquim está sentado, não vai virar, terá que ser cesárea". Questionou como a Nat está e completou: "podemos marcar sexta".

Naquele dia eu falei, NÃO!!! Não podia. Nada contra o dia, a hora, mas não era o momento. O Joaquim estava previsto para até dia 20, como assim marcar para sexta. Nada disso. E graças a uma gripe da Nat conseguimos postergar.

Mas eis que hoje não deu. A médica olhou, analisou e falou: é melhor marcamos para quarta. O susto foi menor que o da semana passada, mas mesmo assim... nós ingenuamente queríamos para o final de semana. A Nat já está com dilatação e na posição do Joaquim é melhor não enrolar muito. Então vamos quarta, já que para o final de semana era impossível.

E assim descobrimos que o Joaquim vai nascer. Quarta, depois de amanhã, após uma cesárea marcada para as 15h, em Campinas.

Arruma logo essas fraldas que tá na hora!

domingo, 11 de março de 2012

Coisas de Joaquim

Chá de Joaquim

Chá de bebê: fazer ou não fazer? 

Confesso que essa foi uma dúvida que ficou comigo por dias e dias... por um lado tinha os fatores adoro uma festa e coisas que poderíamos ganhar que ajudariam a vida. Por outro tinha todo o fator falta de tempo e o medo de cair em brincadeiras que eu particularmente não gosto. E aí? o que fazer?

Simples: fazemos algo com a nossa cara, de boa, com os amigos e curtimos o momento. E isso não só funcionou como deu muito certo. 

Uma vez decidido fazer, tinha o fator (falta de) dinheiro. E aí quebra a cabeça daqui e dali para ver o que e como seria feito. Um almoço? um chá? quantos convidados? e a decoração? lembrancinhas?

O que ajudou muito a idealizar foi perguntar para outras pessoas que tinham feito e pesquisar exaustivamente na net. Horas e dias pesquisando, anotando, pensando como vai ser. Olha, vi coisa pra caramba e decidimos por, no fim fazer uma coisa sem tema. Quem já deu uma olhada por aí geralmente chás de qualquer coisa e aniersários tem sempre um tema: circo, ursinho, X, Y ou Z. Bom... eu não queria tema, então inventei o nosso: colorido. Joaquim. Pronto. N referências na net devidamente salvas nos favoritos e mão na massa.

Fizemos tudo em casa: os arranjos de flores, os lanches (wraps e sanduíches de presunto e de atum); os brigadeiros mil: normal, branco, de cidreira, de café e beijinho de coco; suspiros com doce de leite, barquinhas com creme de palmito, espetinhos de frutas... E para beber sucos de uva e laranja, mais prosecco, vinho rosé, cerveja e refrigerante. 

No fim, por mais que não tenha sido tudo mil porcento como a gente pensa e pesquisa, me atrevo a dizer que foi uma delícia e bem a nossa cara. Uma coisa descontraída, cheia da gente de bem e que rendeu não só um bom momento com amigos mas também todas as coisicas que o Quim precisava. 




Já estou até vendo em uns meses eu louca pensando no aniversário de um ano... =P 

Coisas de Joaquim

sábado, 10 de março de 2012

Rumo ao desconhecido

Parece que foi ontem quando descobrimos que o Joaquim estava aqui. Ainda ontem que não acreditei em testes de farmácia e fomos tirar uma ampolinha de sangue pra ter certeza. Foi outro dia que passamos a tarde nervosos - mas fingindo que não estávamos - enquanto o resultado não saía e que ficamos bons minutos em silêncio olhando pra tela do computador vendo o que seria dali pra frente. 

Sim, se passaram cinco meses... poderiam ter sido nove, mas acho que nessa altura do campeonato não é a quantidade de dias que muda algo; mas ainda assim parece que foi outro dia que toda essa aventura começou.

Contar para os pais, pensar como seria o futuro. Fazer mil exames, caber nas roupas, mudar os hábitos, correr atrás de tudo, arrumar mil coisas... e tudo isso por mais que não tenha sido de uma hora pra outra passou tão tão rápido que mal deu tempo de pensar no próximo passo. 

A verdade é que acho que precisava de mais uns dias. Uns meses - ou anos - quem sabe. Muito embora, pensando bem acho que não ia adiantar. Que não importa o quanto tempo eu tivesse a sensação agora provavelmente seria a mesma: medo do desconhecido. 

As mães todas dizem que na hora que eles nasce é como se ligassem uma chavinha na sua cabeça em que você passa a saber de tudo e entender tudo. Taí uma coisa que por mais que acredite nelas, só entenderei mesmo vendo. Igual quando descobri o Joaquim aqui comigo que só fui acreditar depois de três exames de gravidez e só fui entender e assimilar mesmo depois de ver naquela telinha cinza desfocada do ultrassom. São Tomé? Talvez. Mas é como funciono.

Esse deve ser o último sábado em que eu sou dois. O último fim de semana que eu tenho que cuidar dele cuidando de mim e só. Já sei como é isso, já me acostumei com isso. Mas daqui uma semana talvez não seja mais assim. Seremos dois separados que sabem nada de nada. Ainda bem que tem o Tadeu que cuida dos dois agora e com certeza vai cuidar um milhão de vezes mais daqui a pouco...acho que isso me tranquiliza montes, que não sei como seria sem ele. Mas dá medinho... ô se dá.

Não sei quando ele nasce. Não sei como vai ser, como vou reagir, como ele vai reagir. Não sei se saberei segurar, dar banho, amamentar.... nada sei. E agora? 

Espero que daqui duas semanas volte aqui e fale: gente! a tal chavinha que faz a gente aprender tudo existe! festa festa alegria! Acho - de verdade - que isso é um fato que vou contar, mas até lá estou só naquele meio do trampolim; na parte que você dá uma de macho e pula, mas parece uma eternidade até chegar na piscina gelada. 

Uma eternidade que vai durar poucos, pouquíssimos dias. E que depois vai durar muito mais que uma vida.

parece que foi ontem que você era pequenininho... 

sexta-feira, 9 de março de 2012

Hora de organizar. Roupas

Passou da hora de existir no mundo um padrão para tamanho de roupa. P, M e G é algo muito vago. Há roupas G que ficam boas em mim e GGs que parecem mais babylooks. E se a gente que já é grande tem dificuldade imagina roupa para os pequenos.

Roupa para bebê é engraçado. Tem aquele tamanho que achamos qualquer coisa bonita. Uns maiores que vão tomando jeito de gente. E outros menores, que para mim só servem de enfeite de retrovisor. É impossível caber numa criança.

Mas vamos nós organizar tudo. Ignoramos as etiquetas e passamos a comparar uma com a outra e criar nossa própria classificação. Simples assim:

Tamanho Playmobil (fofolete para as meninas) - são aquelas minúsculas que no geral possui um RN na etiqueta. Duvido que caiba numa pessoa, mas ficam lindas como enfeite.

Tamanho Comandos em Ação (Polly para meninas) - são alguns centímetros maiores (no máximo dois e olhe lá) que as anteriores. Já tem jeito de que serve numa criança e não ficam boas para enfeite de retrovisor. Em geral a etiqueta marca de três a seis meses, mas eu não acredito nelas. Acho que uma criança de seis meses não cabe nelas. Se entrar ficará algo meio Freddie Mercury.

Tamanho Cavaleiros do Zodíaco (Barbie) - para crianças mais crescidinhas, já começa a ter cara de gente, imitações de roupa de adulto e coisas assim. A etiqueta marca até 12 meses, mesmo eu tendo a certeza de que uma criança de um ano é muito maior que aquilo.

Depois dessas começa o tamanho 1, 2, 3 conforme idade. E estas continuam variando um bocado. Mas isso é preocupação para mais pra frente.

Tudo devidamente separado após comparações é só organizar na cômoda.

uma certa baguncinha....

quinta-feira, 8 de março de 2012

Coisas de Joaquim

Hora de organizar. E agora?

40 de segundo tempo. É hora de organizar tudo e ajeitar o cantinho do Joaquim. Após uma revolução total na casa, já que ainda não conseguimos a nossa própria casa, começamos a organização.

Busca berço aqui, monta ali, roupinhas de cama, travesseiros, enfeites de parede, cômoda, carrinhos, cadeiras, bebê conforto, fraldas e mais fraldas.

É incrível a quantidade de coisas - não listei tudo para o post não ficar imenso. E não pensem que por serem miúdas elas não ocupam espaço. Ocupam e muito.

E aí começa a dificuldade do que colocar aonde. Afinal, como se arruma um quarto de bebê se você nunca teve um? De que lado colocar o travesseiro no berço? O que é melhor colocar na primeira ou na segunda gaveta? E o carrinho? Qual ele vai gostar mais? E a quantidade de roupa que precisa? Quantos de cada? Qual será o tamanho dele quando nascer? Vai caber na roupinha?

Tanta dúvida boba, eu sei, mas que nesse momento parecem ser as mais importantes do mundo. E mesmo depois de várias tentativas de deixar tudo ajeitadinho, ainda há o que arrumar.

Será que vai chover?

quarta-feira, 7 de março de 2012

Coisas de Joaquim


38 semanas (e contando)

Parece que foi outro dia que tudo isso começou, mas como já descobri há pouco está chegando ao fim de uma parte e começo da outra.

Pânico define o que foi nossa última consulta na médica. Depois do último ultrassom -  que *cof cof* o Joaquim tirou nota máxima; levamos tudo pra doc ver e então, após ver que o bonito está mesmo sentado bem confortável diz com a maior naturalidade do mundo que:

"não fosse você estar resfriada já poderíamos marcar a cesárea"

OI?!

É que tecnicamente sestá tudo ok, e caso o moçoilo estivesse incomodando (leia aqui: eu muito inchada, com dores, etc) já poderíamos marcar a cesárea porque ele está pronto e bonito.

O problema é que por mais que ele esteja pronto acho que nós não estamos. Tipo, ok, ele vai nascer logo menos... mas convenhamos que uns dias a mais (no caso duas semanas) fazem toda diferença na vida de uma pessoa.

Enfim... um pouco pelo meu resfriado, e outro tanto pela nossa cara de pânico tudo indica que os planos iniciais estão mantidos e temos ainda mais uns dias de Joaquim "guardado"... a não ser que ele dê uma cambalhota e vire tudo de ponta cabeça de novo.

terça-feira, 6 de março de 2012

Coisas de Joaquim

Eu nunca quis, nunca me vi grávida (parte 2)

Eu ia só comentar, mas aí tagarelaria demais num espaço relativamente pequeno... então abrimos um parênteses aqui. 

Como o Tadeu disse no post dele, eu nunca tinha me visto grávida. Quem me conhece há tempos sabe que nunca foi um plano, um desejo, nada. Numa dessas a surpresa das pessoas quando souberam foi gigante... de: como assim? você? mesmo? Sem falar em toda a tensão de como seria minha reação. E mais a surpresa de ela ter sido natural.

Confesso que até eu me assustei. Mas não tinha como não. Era uma pessoinha aqui comigo. Um pedaço de mim. Tem como não amar?

Com a pouca experiência que tenho de cinco meses de gestação digo como se soubesse muito da vida que tudo isso faz todo sentido do mundo. E me pergunto como é que um dia pude pensar que ter um filho me atrapalharia. Ok, ele não nasceu, não passei noites em claro, não eduquei e nem nada. Mas não tem como pensar assim. 

Uma coisa é fazer planos. Fazemos planos o tempo todo, alguns se cumprem, outros não. Uns demoram mais ou menos... mas eles são feitos o tempo todo. Faz parte de se viver, não é? Mas a real é que muitas coisas boas não se planeja. Elas simplesmente vem; simplesmente acontecem. 

Um dia você está ali levando sua vidinha sem maiores pretensões, no outro conhece uma pessoa super especial, depois pensa em como vai ser como não vai e quando vê está sendo e muito bem, obrigada. Depois planeja mudar de cidade de vida e ela muda mesmo. Muda com um bebê inesperado e querido sem nem saber. 

Nunca quis ter filhos. Era da turma dos egoístas. Hoje não me vejo sem o Joaquim. Pedacinho de nós dois que ainda não nasceu mas já é o meu - nosso - mundo. 

Sempre quis, sempre me vi grávida. 

porque 1+1=3 e é tudo de bom! 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Eu nunca quis, nunca me vi grávida

Ontem li uma matéria do Correio Braziliense sobre casais e pessoas que optaram por não ter filhos. Acho justo não querer e não ter, mas achei curiosa alguns dos motivos dados e reclamações.

O primeiro casal entrevistado já começa com a pérola: "Ter filhos é como pular em uma piscina gelada. Quando se mergulha nela, tenta-se convencer os outros de fora a entrar dizendo: “Como está gostoso aqui”.

O único detalhe é que eles não pularam e não fazem idéia se a água está realmente gelada e se por acaso é bom ou ruim. Moço, você não pode falar de algo que você não experimentou. Serve pra tudo na vida. Não se fala que jiló é ruim se você nunca comeu.

A matéria fala em preconceito como por exemplo as pessoas que taxam as pessoas que não querem ter filhos de egoístas. Concordo que nem todos são, que há diversos motivos para não tê-los. Mas se não quer se chamado de egoísta não justifica não ter filhos assim: "Observamos que o assunto do casal que tem filhos é só o filho. Todas as questões da casa são por conta dele. É ele quem dita para onde você vai. Você não pode viajar para qualquer lugar e em qualquer época do ano por causa da dinâmica do filho."

Para mim isso é egoísmo. Continuando, a mulher do casal acima completa: "Eu nunca quis, nunca me vi grávida".

Ai chegamos a parte que nos diz respeito. Lembro da Nat, até poucos meses atrás falando a mesma coisa. Que jamais queria ter filhos. Quem a conhece hoje jamais poderia imaginar que um dia ela pensou assim.

Logo que descobrimos fiquei com medo da reação da Nat, mas ela sem nem pestanejar falou que estava feliz com o acontecido. Assustada, com medo, mas feliz.

Hoje é uma mãezona cheia de cuidados com o Joaquim (e ele nem nasceu). Cuida de tudo, faz mil coisas pra ele, se preocupa um monte, enfim. Me dá uma tranquilidade sem tamanho, tendo a certeza de que com ela, o Joaquim estará bem. E eu também.

Coisas de Joaquim

sexta-feira, 2 de março de 2012

Todo carnaval tem seu fim

Não estou falando só de carnaval-carnaval, porque esse já se foi há uns dias. Foi bacana, animado, e como todo carnaval acabou. Mas falo do carnaval-gestação.

Que né? apesar da duração maior, não deixa de ser. São mil acontecimentos, mil emoções, mudanças... carrossel mesmo...carnaval.

Acabou-se... ou pelo menos está próximo.


E agora o meu está acabando. Por mais que tenha sido mais ou menos a jato, durou bastante. Foram várias coisas que mudei no meu dia sem preceber, e várias coisas que me mudaram também. O jeito de pensar, de agir, de planejar o futuro... e o futuro está aí quase que batendo na porta e ele é tão incerto. Tão maluco.

É como paixão de carnaval, que não se sabe se sobe ou não a serra. Você passou por toda aquela curtição e lua de mel por quatro dias... e agora na vida real, como vai ser? Continua? melhor? pior? não sei. Não sei como vai ser daqui ra frente assim como você não sabe se o rapaz de máscara do batman vai te ligar.

Não sei como vai ser não ter mais o barrigón, como será acordar cedo, amamentar, cuidar, trocar, identificar choro, ficar maluca, amar incondicionalmente.

E não adianta. Você pode ler, ouvir os outros te dizer, pode se preparar de mil maneiras que simplesmente não tem comos aber absolutamente nada. Por mais que se prepare, que estude... no fim acho que é tudo instinto. E esse pode ser mais ou menos aguçado... e tudo ser mais ou menos fácil.

Dá um medinho.

Medinho bom, confesso. Mas medo é medo e vice-versa. Não tem como ignorar que, como diria o Roberto,  daqui pra frente tudo vai ser diferente...

quinta-feira, 1 de março de 2012

Coisas de Joaquim

É Março

Então é março. Mês três do ano, nono de uma gestação normal e apenas o quinto para nós. Um mês que parecia bemmmm distante até dezembro. Mas que depois da virada de 2012 virou logo ali. Um pulo que demos sem nem perceber e agora chegou a hora. É o mês do Joaquim.

Acho que a partir de agora vou contar o tempo em horas, assim me parece mais longo. Afinal centenas de horas parece muito mais do que apenas algumas semanas. Pura ilusão. Não que eu não queira beijar, abraçar e mimar meu menino, mas é que dá um medinho.

A ansiedade já faz a parte dela e não me deixa dormir direito, além de derrubar os meus cabelos. Coisas que dizem que acontece quando a gente é pai. Só esperava que acontecesse depois. De toda forma já estou bem acostumado a acordar em horários alternativos. Isso acontece toda vez que fico preocupado ou ansioso com algo. Assim como estou nesse momento da minha vida.

Enquanto isso a gente vai levando, uma vontade de fazer o tempo passar rápido e devagar ao mesmo tempo. E é claro, preparando as coisas de Joaquim.


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Notícias do front

Joaquim fez ontem seu último ultrassom. O tal do perfil biofísico, que é um que se faz agora no final pra ver se está tudo bem com ele, tamanho, peso, coração, pressão, posição, se o nariz é lindo igual o meu e etc...

E lá fomos nós... primeiro na saga que marcar o exame. Sério, se fosse depender de labratório aqui na roça eles iam fazer o exame depois que ele nascesse... não existe agenda, não existe data, malemar existe quem faça...Enfim.. graças a uma boa alma que desmarcou de última hora, conseguimos. Pega roupa e sai correndo que tem trinta minutos pra chegar.

Tudo certo, no horário, vão lá os pais babões ver o filhote.

Coisa mais linda meu povo! Tá lá.. todo de nariz bonito, de boca aberta muito provavelmente palestrando,  não puxando nenhum dos dois quanto ao peso, grandinho, e todo puxando os dois no quesito folga. O cidadão está muito bem sentado e acomodado. Numa dessas ele decidiu que as camabalhotas que deu aqui dentro eram cansativas e optou por ficar sentadinho mesmo que está tudo bem. Só na sombra e água fresca... nada bobo né?

Agora é esperar o gostoso ver se fica assim ou se vira pra ver quando nasce... tipo daqui a pouco. Mas todo saudável e com o coraçãozinho batendo igual a bateria da Mangueira.

Coisas de Joaquim

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

De ser mãe ou pai todo mundo tem um pouco

Entre as coisas mais interessantes de ser pai está o fato de todo mundo ser um pouco também. É como no futebol onde somos todos técnicos e entendidos no assunto. E assim a cada nova conversa surge uma nova série de dicas, incluindo de pessoas que você nunca viu.

E assim começa o faz isso, faz aquilo. Uma receita para a mãe dormir melhor, para o pai não se estressar, o que pode e não pode comer, o que tomar, o que não tomar, para todas as situações há alguém (ou melhor, alguéns!) dando pitaco. E assim acredito que será a vida inteira.

O brasileiro tem essa mania no sangue. É todo mundo entendido de tudo e todo mundo dá pitaco em tudo. Basta conversar sobre futebol e verá que todos deveriam estar na seleção. Se não gosta de futebol, converse sobre medicina. Melhor fale em emagrecer e ouvirá desde dietas milagrosas até remédios que matam.

Na gravidez funciona igualzinho. Pessoas que nunca foram pais, mães, nunca engravidaram, algumas sequer tiveram contato com bebês estão sempre dispostas a darem suas dicas e opiniões. Pior, há aqueles que você sabe que não foram felizes ao serem pais (basta ver os filhos mal educados) querendo te ensinar.

Mas como disse minha irmã Ana Elisa, ao dar as dicas dela, o segredo é focar. Enche o saco todo mundo dando pitaco e levar todo mundo a sério é motivo suficiente para pirar. Então foca. Escolhe uma ou duas pessoas e escute apenas elas. Ou melhor, até escuta todo mundo, mas não leva todo mundo a sério.

Afinal, de ser mãe ou pai todo mundo tem um pouco.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Como pode?

Como disse o Tadeu, se teve uma coisa que não tivemos - sim, no plural, porque por mais que o Quim esteja aqui comigo ele é nosso - foi frescurite. Nada de não pode, não deve, não faz. Sim, OK, tudo tem limites, mas no geral levamos a vida como tem que ser levada.

Numa dessas continuamos com nossa programação normal. Saindo para ver os amigos, divertindo e de quebra mudando a casa toda de lugar pra fazer caber o pequeno. 

Pequeno esse que por menor que seja e por mais que não esteja presente digamos que fisicamente/visualmente falando, já ocupa um baita espaço nas nossas vidas. E digo isso não só emocionalmente, mas fisicamente mesmo. 

Pessoal diz que mulher que tem muita coisa né? Isso é porque vocês não conhecem o Joaquim. Ou qualquer bebê. Sério. O que eu acumulei de roupas e tranqueiras em vinte e seis anos não se compara com o que esse menino já tem sem nem ter nascido.

Confesso que quando lia blogs e revistas e o que caísse na mão sobre enxovais de bebê e coisas que são necessárias e tudo mais eu ficava chocada e duvidava que ele realmente precisasse daquilo tudo. Tá, tem algumas coisas que eu continuo achando que é excesso, mas ainda assim... por mais que nós tenhamos removido de listas tudo o que tinha cara de desnecessário, é impressionante a quantidade de coisas que ele precisa-tem-que-ter.

Mil e duas fraldas, quinhentas calças, setecentos e vinte e dois bodies e assim vai... Gente!! mas ele não tem nem um metro!! Como pode?! 

Pois pode. 

Quando fomos fazer um levantamento do que temos e do que ele precisava que isso ficou mais visível. Que aí você conversa conversa com as mães das antigas e com as mais recentes e todas dizem que precisa mesmo dessas mil coisas que achávamos desnecessário. Sem falar no fator "fofice" que o Tadeu tinha alertado, de que por mais que você ache X coisa inútil, quando vir aquilo numa loja vai achar tããão fofo que vai querer, precisar, necessitar. E é bem verdade.

A parte boa nisso tudo é que por estarmos na maior contenção de gastos - e espaço, essas coisas superficiais foram fáceis de ser descartadas. É bonito? é. é útil? é. Necessário e indispensável? não. Então passa pro próximo. 

Assim, conseguimos na medida do possível não nos perder em lista de chá de bebê e enxoval, por exemplo. Pensamento racional e vamos nessa que vai dar tudo certo. E está dando. Tendo a maior ajuda do mundo das famílias que doaram/presentearam com todas as coisas que precisávamos e que está deixando o cantinho do Joaquim lindo e a lista de coisas faltantes cada vez menor. 

Mas isso é um outro capitulo. Do pessoal colocando a mão na massa. 

listas, listas e mais listas. Precisa mesmo?!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

E pular o carnaval, pode?

Ouvindo histórias por aí chovem grávidas que tratam a gravidez como doença. Não pode nada, tudo é um sacrifício e pensar em se divertir é quase um pecado (se não o pior deles).

Sei que cada caso é um caso, e este blog é para falar do nosso. E aqui esse papo de não pode não cola. A nossa vida continua, com algumas limitações, mas sem parar. A Nat continua a mesma moça animada de sempre, daquelas que não sabe ouvir um batuque que começa a se mexer.

E com esse espírito seguimos o bloco. Uma semana antes do carnaval saímos para a rua, sem muito fuzuê, com a companhia da Julia, brincando uma tarde. Horas andando atrás do trio, sambando um pouquinho ali, cantando mais um pouquinho aqui, parando para um cafézinho na casa do tio. E assim, nossa primeira experiência carnavalesa foi ótima.

E agora era feriadão, faltando cerca de um mês para o Joaquim chegar, lá estava ele de novo na bagunça. Piscina num dia, churrasco no outro e mais uma vez era hora de cair no samba.

Uma noite sambando, cantando e rindo com os amigos. No dia seguinte mais um churrasco familiar para recuperar e pronto! O Joaquim completou seu primeiro carnaval, ainda na barriga, mas aproveitando tudo direitinho, e com direito a fantasia!

Na minha casa todo mundo é bamba!
É importante ressaltar que nesses dias ele se mexeu normalmente, dançou algumas músicas, mas em momento nenhum reclamou ou causou desconforto a mãe, que estava linda na passarela se achando a passista da Mangueira. E que graças a Deus não encara a gravidez como uma doença.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Era uma vez... o tempo


A gente se deu tão bem

Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim

Foi mais ou menos assim para esses dois. Que um dia não se conheciam, depois se falavam sempre, depois se conheceram e se grudaram e assim foi. De nunca pra sempre, de não sei para eterno enquanto dure. De longe, com os dias da semana arrastando e os fins de semana voando. Fazendo dois dias parecer quase que só meio.

Espero o dia que vem
Pra ver se te vejo
E faço o tempo esperar como esperei
A eternidade se passar nos dois segundos sem você
Agora eu já nem sei
Se hoje foi anteontem
Me perdi lembrando o teu olhar
O meu futuro é esperar pelo presente de fazer
O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Distante é devagar
Perto passa bem depressa assim
E ele sempre foi assim. Tão inconstante... brother e inimigo ao mesmo tempo. Passando rápido demais quando perto e devagar se arrastando quando longe. Inconstante. Que fez uma semana parecer um mês, um mês um ano e um ano quase que uma vida.

Uma vida com uma vida a mais dentro.

Inconstante que fez nove meses serem cinco. E que fez esses cinco parecerem nove e esse último parecer dias. Sempre tão rápido e tão lento. Sempre tão surpreendente. Que fez a música de nós dois virar a música de um que é na verdade de nós três.

Nessa matemática incerta e maluca. Atemporal. Eterna até quando for.


...que 1+1=3

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Festeiro

Uma coisa que o Joaquim sempre foi mesmo sem saber é festeiro.

Bem, na verdade saber ele sabia, nós é quem não. mas enfim...

Sempre foi da farra. Fazendo as contas por alto de desde quando ele existe já foi em jestas juninas, brincou em pula-pula, pulou atrás de bloco de carnaval, dançou samba, frevo, forró e maracatu e em incontáveis jogos de futebol...

Viajou bastante também: foi pro Rio de Janeiro, pra Teresópolis, São Paulo, Goiânia, Brasília.... Adora um show: frequentou vários do Seu Estrelo em Brasília, curtiu Julieta Venegas e Carlitos Marron com as tias loiras; fez farra total no Rock in Rio com direito a chuva e a alucinar em Seek and Destroy; pulou a vida com o Monobloco,  cantou horrores com o Marcelo D2 e funkeou com Funk como Le Gusta.

Muito da festa esse menino...

Coisas que fez antes e depois de existir conscientemente e que com certeza vai continuar fazendo. Afinal... tem a quem puxar não é?!

...vai ser sambista! 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Mas... como demorou pra descobrir?

Vamos lá que hoje o papo vai ser mulherzinha.

Uma coisa que eu acho que não contei ainda e que todo mundo pergunta é o "como assim você só descobriu depois de quatro meses?", "você não notou nada de errado?",  "não engordou?", "não menstruou?"... etc etc etc

Então....

Eu estava tomando anticoncepcional. Sim, certinho. Seria muito mais fácil se eu virasse e falasse: manquei pessoal, tomei errado e deu no que deu. Acreditem: é muito mais estranho você saber que não tomou o trem errado e ainda assim conseguiu ganhar na loteria. Porque é loteria, né? A eficácia do trem é de 99%, então cair na ineficácia significa que você é esse 1%.  É tipo ganhar na mega sena, que as chances são micro. Numa dessas não serei rica de dinheiros.

Mas e como você não desconfiou antes? uai! não desconfiando meu povo. Se você googlar na rede, vai ver que as vezes rola o tal de "escape" mesmo tomando pílula, e numa dessas aconteceu comigo, achei normal e a vida continuou. Não obstante eu emendei cartelas e toda vez que isso acontece fica mesmo tudo zoado. Demora mais pra menstruar ou então vai no meio da cartela e vira uma bagunça só. Pois foi isso meu povo. Tive escape - que graças a deus não foi nada grave e não prejudicou a gestação - e emendei anticoncepcional.

Numa dessas o atraso era normal, assim como o "inchaço" que não era inchaço mas sim o comecinho de engordar. Simples assim. Não tem o povo do Discovery que demora nove meses pra saber? Pois então, fui moderna e demorei só quatro.

O lance de engordar como já disse antes é normal na vida e só notei que não era uma engordada normal por ter barriga sem ter - ainda - mais perna. Fim.

E você fala de tudo isso numa boa como se fosse normal? Sim. Porque por mais estranho, não usual ou sei lá como se possa classificar, foi assim que foi.

Não sei. Só sei que foi assim. 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Bem-vindos Laís, Julia e Arthur

Chegou a Laís e a ansiedade aumenta. Das pessoas próximas que estavam grávidas, falta só o Bernardo da Daysinha nascer e o próximo será o Joaquim. Em pouco mais de um mês, 5 crianças lindas.
Enquanto meu filho não chega, vamos curtindo o futuro brother Arthur, a futura amiguinha Julia e a mais nova priminha Laís. Que Papai do Céu abençõe muito vocês e também o Bernardo e o Joaquim, que estão chegando(e é claro, a família de todos)!!!

Laís - no colo da Ísis (12/02)
Júlia (01/02)
Arthur (10/02)



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Minha primeira vez


Aquele dia podia ser mais normal para a Nat, afinal era o segundo. Mas para mim não tinha nada de normal. A começar pela excursão ao médico, composta de pai, mãe, Joaquim e as avós. Depois porque era a minha primeira. Minha primeira ida ao ginecologista e meu primeiro ultrassom.

Dessa vez, como já estava programado, não podia perder. Ia finalmente ouvir as considerações da médica, ver meu pequeno lá naquela telinha e ouvir aquele coração batendo.

Uma agonia cheia de ansiedade e está na hora. Entra na salinha, acomoda todo mundo, liga o dvd para gravar, faz piadinhas para tentar passar a ansiedade, o médico entra com aquela cara de que saco, lá vou eu fazer isso de novo.

Gelzinho na barriga da mãe e tá lá o que eu queria. Uma tela preta e branca na qual eu não consigo indentificar nada. Manchas vão e vem e de repente tudo começa a aparecer com um certo foco.

Perninhas, bracinhos, coluna, umas coisa que não consigo identificar. Um confere no sexo para acabar com o papinho que rolava na salinha sobre surpresa de sexo. E a hora mais esperada. O coraçãozinho batendo.

Não costumo me emocionar facilmente, mas aquele coração batendo é algo de arrepiar. Na hora os pelos se levantam e um sorriso bobo aparece no rosto. Coisa linda de Deus.

Eu estava ali meio em êxtase, meio atordoado sem entender direito aquele sentimento e me vem o Joaquim, com toda sua simpatia, dar um jóinha como se falasse, pai tá tudo bem aqui!

Esse menino...


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Segundo ultrassom

Se no primeiro ultrassom, que também foi o dia da primeira consulta, do primeiro tudo, foi aquela emoção de tentar assimilar e entender tudo ao mesmo tempo, o segundo foi uma coisa assim... mais "normal", pode-se dizer.

É... tirando a excursão que foi, foi mais normal.

Foi também a primeira vez que conseguimos ir juntos na consulta. Pai e mãe, dois perdidos, dois bobos ali ouvindo a médica falar que ele estava sentado, dois manés ouvindo o coração e entendendo - de uma vez por todas - que aquela pessoinha logo menos ia fazer parte das nossas vidas para todo o sempre. E esses mesmos dois manés indo com as respectivas mães e sogras de excursão fazer ultrassom.

Esse segundo um pouco mais claro que o primeiro. Que você já sabe que não vai entender uns 80% do que aparece na telinha, mas vamo que vamo, que algumas coisas dá pra ver. Perninhas, coxinhas (inhas?), os pés, braços, barriga, mãos... a cabeça, olhos, boca, nariz... o meu nariz!! Coisa mais linda! Pode chamar de louca, de pancada, de o que for, mas eu vi e ele tem o meu nariz. Minha sogra viu, todo mundo viu. Arrebitado. Vai ter carinha de metido... coisa mais linda da mãe! Muito orgulho... E ouve o coração de novo... e as avós babam.. e os dois marinheiros de primeira viagem com cara de bobos...

E como que entendendo isso tudo, como que sabendo tudo o que estava acontecendo ali, o pequeno vai e faz um joinha pra gente. Como que dizendo: tá tudo bem, tá legal, eu to bem, logo mais estou aí....

A simpatia em pessoa! 

Logo menos mesmo.. que fazendo as contas aqui não vai dar nem tempo de postar direito antes dele chegar... Como diz o Tadeu, é muito relâmpago isso tudo e depois de amanhã ele nasceu. 

**Joaquim agora com legendas e som! =) Muita inovação...