quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Amor incondicional

Dia desses uma amiga perguntou como é isso de ser mãe. Que saber que a tal chavinha existe foi um alívio, mas e aí? Como funciona o tal amor incondicional?

Porque né? Nunca fiz planos de ser mãe, então acho que numa dessas acaba que sou uma fonte mais ou menos confiável... por não ter a visão romântica e etc.

Quando uma outra amiga nossa - e minha cunhada e mais um monte de gente - falava pra mim que "é muito louco, surge um amor incondicional" eu confesso que não entendia bem. Na verdade eu achava que quando ele nascesse e eu o visse ia acontecer alguma coisa sei lá... mágica e um amor diferente ia surgir do nada e eu ia entender tudo isso.

Mas... não é bem asssim. Ou pelo menos para mim não foi.

Sim, quando você vê aquele serzinho é mágico. Ver como ele é, entender que daqui para frente tudo vai ser diferente e tudo mais... mas eu ainda não entendia. Mas passei a entender. No dia a dia. No primeiro acordar de madrugada para acalmar ele, nas primeiras e segundas e vigésimas coisas que acontecerem. O tal amor incondicional aparece todo dia. É ele que faz você não surtar de vez.

É por causa dele que por mais que o pequeno chore, esperneie, puxe seus cabelos, não te deixe dormir e tudo mais, você olha pra ele e ama. Simples assim. Por pior que seu dia tenha sido, por mais chato e cansativo que tudo foi... você ama, quer bem, quer cuidar... você entende que aquela chatice não é de propósito, mas porque ele não sabe comunicar de outro jeito ué. E quando souber, acho que não muda muita coisa. Você entende... perdoa.. perde a vontade de esganar.

E é assim amiga... a gente vai vivendo, vai entendedo que esse tal amor incondicional vai surgindo e crescendo dia após dia. E que... na boa? Só vivendo para entender.

Um dia tenho certeza que você vai saber.

um precisa do outro. simples assim.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Mãe-Polvo? Really?

Aí que rola uma lenda de que você mãe tem que ser polvo. Na verdade essa máxima é de que você mulher deve ser polvo.

Mas tem mesmo? Quem disse?

Ok que sua vida muda, que cuidar de um pequeno demanda mais atenção, tempo e cuidado. Mas e por conta disso você tem que cuidar do filhote, ter a casa limpa, um blog atualizado e ainda acabar o dia penteada e de unhas feitas? Por muito tempo eu pensei isso. Que eu tinha que dar conta de tudo e mais um pouco e quando o namorado chegasse em casa - que estaria um brinco - eu estaria de banho tomado e sorridente com um lindo risoto na mesa.

Chorei, esperneei, chorei de novo, gritei, desabafei com as amigas, chorei com a mãe, chorei com o namorado, me senti o cocô do cavalo do bandido e ai eu cansei. E percebi que OI? não preciso ser super mulher. Simplesmente porque não dá, um beijo.

Então eu mudei. Mudei o lugar que eu sento no sofá para quando o Joaquim estivesse mamando eu não enxergasse a poeira embaixo da cama. Mudei e desisti de ter a casa um brinco 100% do tempo. Um dia a gente varre, no outro passa a roupa, no outro faz um bolinho. E tá ótimo. Joaquim tá aí vivo pra contar.

Não é o ideal? Sei lá o que é ideal meu povo. Não dou nem conta de fazer as unhas, quem sou eu para dizer o que é ideal ou não? A real é que é isso que tem pra agora.

A real, de verdade, é que essa tal mulher polvo não existe. Assim como a mãe polvo é mito. Fazemos mais de uma coisa ao mesmo tempo? Sim, fazemos podemos.. porque rola uma capacidade para isso. Mas isso é uma obrigação? Nah. Longe disso. Se você quer se matar para ser mãe, dona de empresa, empreguete e madame tudo junto e misturado, boa sorte. Mas de verdade? Nada disso nunca será 100%. É igual disse a Nina Lemos nesse texto genio (Instagram da Depressão) de que não dá pra ser tudo.

Então para de querer ser a supra sumo do mundo e vai ser feliz.

Mulher Maravilha é só aquela do desenho. Nós, mães, somos gente normal com um pouquinho mais de paciência. E só.