sexta-feira, 21 de junho de 2013

Para você entender o que está acontecendo – #protestomaterno


Estava aqui pensando Joaquim, como te explicar o que está acontecendo aqui no Brasil. O porque a mamãe tirou do seu desenho sem grandes explicações e colocou num canal com um monte de gente na rua – o que a princípio você achou ruim, mas depois, pela quantidade de gente e luzes achou interessante, afinal, adora um "tumulto". Explicar porque a mamãe foi para as ruas com mais um monte de gente – inclusive você, que viu a movimentação na rua e pediu para descer –  e porque raios tem uma fralda de pano sua pendurada na sacada.


Então... é difícil e ao mesmo tempo fácil, e definitivamente complexo. Começou com um aumento de passagem, e com uma reação exagerada da polícia que não esperava nada disso. Por sinal, isso é uma coisa que você vai ver muito, ainda mais frequentando estádios de futebol: tem sempre alguém procurando encrenca e sempre alguém disposto a descer o cassetete. Mas voltando...

Começou assim. Sabe quando a sua banheira está cheia e você dá um tapa e voa água para fora? Pois foi isso. Está todo mundo cansado de um monte de coisas há tempos mas por N motivos que não vem exatamente ao caso agora acabaram deixando para lá. Vivemos – ou vivíamos – em uma geração relativamente acomodada, que reclama mas não faz nada para mudar. Acha – ou achava – que isso não pode, isso não dá, mas só xingava muito no twitter e dois dias depois estava tudo bem. Por esse motivo que acharam que seria um dia de protesto e só. Mas não foi. Foi uma semana, e pelo jeito será até mais.

Há quem diga que as causas de pedir estão fora de contexto, que há coisas que já deveriam ter sido levantadas antes, ou ditas antes, mas que aproveitaram agora para despejar tudo de uma vez. É como quando você quer carregar trinta coisas de uma vez e cai e a mamãe diz para ter calma. Que uma coisa de cada vez. Pois é mais ou menos isso. Mas não só isso.

Resumindo muito, as pessoas estão lutando por um país melhor para elas, para nós, para você e a sua geração. E as próximas. Coisas como saúde, educação, transporte: tudo isso não está bom não filho. E sabe, são coisas garantidas – ou que deveriam ser garantidas – para todo cidadão. Você deveria poder ter uma escola boa, um hospital bom, um ônibus decente para fazer o que precisa sem ter que pagar o olho da cara por isso. Para isso que tem os impostos. Impostos? Bom, é um tanto de dinheiro que a gente paga para o governo para ter essas coisas que deveriam ser garantias. Confuso né? Pensa assim: você pode mamar sempre que quer não né? Para ter leite a mamãe precisa descansar e se alimentar. Pense que a mamãe passasse o dia comendo e dormindo e não te desse leite quando você precisasse?  Ou quando você caísse e se machucasse não ganhasse um abraço? Injusto né? Pois é isso que acontece. Só que em proporções maiores e atingindo mais um monte de gente.

É mais ou menos – bem mais ou menos –  isso o que está levando as pessoas para as ruas. Querer um futuro e um presente melhor. Querer que essas coisas que o povo deveria ter, ter de verdade. Sem mentirinha, sem enganação. Tá todo mundo cansado de ser enganado e por isso está gritando: para ser ouvido. Igual quando você chora. Para você resolve: sempre vai alguém te socorrer. Resta saber se vai resolver também para todos nós. Por isso lutamos.


PS- Esse post faz parte da blogagem coletiva #protestomaterno, que foi a maneira que as mães blogueiras encontraram para fazer parte da onda de protestos que tomou o Brasil. Porque mãe não entende só de fralda! Mãe entende do futuro dos seus filhos e quer o melhor para eles! Vem com a gente! Ajude compartilhando, escrevendo, divulgando os links e acompanhando pela tag #protestomaterno ! Vamo que vamo!

PS2- Domingo que vem, dia 30, terá a Marcha das Crianças na Lagoa do Taquaral aqui em Campinas, uma maneira pacífica e gostosa de nossos filhos (e as mães/pais) fazerem parte desse movimento de protesto e mudança. Mais detalhes aqui.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Consumo consciente


Porque né meu povo, ser sustentável está na moda, e quando se trata do dinheiro que não temos, dá-lhe consciência para não fazer cagada com as finanças do mês. 

Numa dessas, aqui em casa estamos na prática d consumo consciente,porque né? Vi uma saia linda maravilhosa que nasceu para ser minha, mas tem que garantir o leite  das crianças do Tadeu e a pizza nossa congelada de cada quarta com futebol, então bora segurar a onda né Natália, vai lá olhar seu guarda roupa que deve ter outra linda-maravilhosa-que-nasceu-para-ser-sua já olhei, não tem, mas enfim....

O tal do consumo consciente, antigamente conhecido por contenção de gsatos, embora possa parecer um grande drama no estilo "classe média sofre" na verdade bem verdadeira não é nada demais... afinal, ninguém morre de não comprar a vigésima saia ou a quinta bota (muito embora essa última habite meus sonhos há mais de semana) não vai matar ninguém.

É claro que é legal ir na manicure, mas quem precisa disso se você pode faezr as unhas você mesma em "apenas" quatro dias? (juro que foi o tempo que demorei para conseguir fazer as minhas semana passada. tenso.) Agora não ter batata, carne, ou um miojo que seja já é um pouco mais que tenso. Numa dessas, calculadora em mãos e bora comprar fralda pro Joaquim.. muito embora tenha que confessar que lembro diariamente de todas as pessoas amadas desse mundo que foram no chá de bebê do pequeno que colaboraram para que em quase um ano eu tivesse que comprar três pacotes de fraldas. Todos em viagem que eu fiz a conta errada. Amém. 

Vou ali fechar o site de compras e fazer a janta que ganhamos mais.

Um beijo e pratique esse esporte você também! 

tem que cuidar pra não faltar! 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Zé baguncinha

Se o Joaquim não chamasse Joaquim seria Baguncinha. Ou Zé Baguncinha. Porque o dia dele pode estar péssimo, basta você fazer alguma coisa que remeta à bagunça e pronto. Passou.

Está chorando? Vira de ponta cabeça. Birrento? Mostre um papel e uma caixa de giz de cera. Chatonildo? Deixa sentar do lado do vaso na sacada. Não é 100% garantido ou seu dinheiro de volta, mas ajuda bastante. Se tem algo ilegal, imoral, que engorda ou suja ele está no meio do bolo.

Fomos no casamento da tia Juca sábado. Num local aberto, super gostoso. Que tinha um parquinho. Joaquim com sono, sem querer dormir, chatonildo. Viu as pedrinhas. Sentou, rolou, se arrastou na terra, rolou na grama e pronto: passou.

OK que no começo eu ficava meio tensa... porque você vai lá, dá banho, põe uma roupa linda, penteia, deixa todo gostoso e cheiroso e ele se arrasta no chão igula uma salamandra. Mas né?! é criança. Então voc6e respira fundo, sai de casa de preto (pra não sujar muito) e se joga junto.

Porque criança é pra bagunçar e se sujar. E tem sabão líquido e maquina de lavar para essas coisas.

A coxinha empanada mais gostosa do oeste. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Respeite meus cabelos brancos

Hoje vou ignorar que sou mãe e lembrar por míseros 5 minutos que opa! sou mulher. E estou com uns dois mil cabelos brancos na cabeça.

Não embaixo, escondidos, mas bem em cima. Tipo soltou apareceram lindas luzes brancas.

É o fim se aproximando.

Vou ali comprar henna e ficar cheirando chá por uma semana, um beijo.

Sou linda, sou diva, sou mortícia.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Trago o sono desejado em três dias

Estava aqui pensando que estou morta morrida com dor nas costas precisando de uma boa noite de sono e de um spa e de uma massagem no pé e férias e não sei o que mais enquanto pesquisava uma fórmula mágica para bebês dormirem a noite toda.

Só não joguei no todo-poderoso-google porque baixou um pensamento super esperto aqui que "não existe fórmula mágica cara pálida". Dãr. É óbvio.. só faltava agora, depois de uma gestação de poucos aparentes meses, e de quase um ano (caracas UM ANO) de convivência que eu ia realmente esperar uma fórmula mágica né colega?

Não tem.

Nem pra dormir, nem pra comer, nem pra nada. Acho que nem essa galera que traz o homem amado em três dias dá jeito. Porque né? esse lance de maternidade – como todo o resto das coisas na vida, convenhamos – não tem um jeito certo ou errado, e nem um super macete infalível. Vai no erro e acerto, mais erro que acerto, e vamo que vamo.

Devo ter pelo menos mais dezoito anos sem dormir pela frente. O que é uma noite a mais né produção?

Update: essa noite pós-post o pequeno acordou não uma, nem duas mas oito (oi-to) vezes. Cinco delas no grande intervalo de 3h30 e 4h15 da manhã. Bacana né?! Acho que Joaquim tem algum informante que o atualiza do que escrevo aqui e ele faz igual ou pior para não me contrariar. Só pode. Assim, se alguém tiver uma receita/reza/simpatia/fórmula/qualquer coisa que me garanta o sono dessa noite agradeço.

Confia na mamãe: 8 horas de sono faz bem pra saúde (de todos da casa)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Tempo ligeiro

Estamos aqui, onze meses depois. Dezesseis se for contar a gravidez... Mas enfim. Estamos aqui, vivos e sobrevivendo.

É engraçado pensar que não parece tanto tempo assim ao mesmo tempo que parece. Ver o tamanho do pequeno que já não é mais tão pequeno assim assusta.

Nasceu, dois dias depois engatinhou, três dias depois um dente, mais um e falando e daqui a pouco anda e esta na faculdade. Numa dessas eu pisco e ele chega em casa me apresentando uma doida que conheceu de Brasília pela internet. Paaaaara né?!

Pode parar de crescer. Ou não. Porque você esta grande e lindo demais. E daqui um mês tem bolo!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Nem tudo são rosas

Estou há um bom tempo – cerca de um mês – ensaiando um post lindo sobre o como tem sido os ultimos meses, como Joaquim está, sobre o quanto eu acho que dez meses é a idade mais legal do mundo – pelo menos até agora – e tudo mais, mas sabe como é, por falta de tempo – e de um trem que leia meus pensamentos e transforme meus posts mentais em escritos – acabou que não escrevi, e que muita coisa aconteceu nesse meio.

Porque né? Aqui até a última vez que verifiquei o analytics, todos que lêem esse blog são humanos, e numa dessas todos temos nossos momentos de pânico e desespero. Uns mais, outros menos, uns mostram, outros não. Mas eles existem e pronto.

Pois bem... eu ia pular o meu – um deles – porque acho que ninguém está a fim de ver chatices alheias.. mas pensando bem, eu adoro quando vejo que "oi, não estou sozinha no mundo e mais gente passa por isso" que resolvi vir aqui compartilhar. Mesmo que fora do tempo, ou do dia que aconteceu, mas estamos aí com o que sobrou de memória.

Quinta-feira passada eu estava chata. Tipo beirando o insuportável. Porque eu queria sair de casa, e não sair de casa do tipo: vamos no parquinho, vamos no supermercado, ou vamos no parquinho (observe a gama de opções). Sair do tipo ir num bar, ou jantar, ou dançar, mas isso sem todo o operacional de pegar fralda, suco, carrinho, sei lá mais o que. Simplesmente tomar banho, colocar uma roupa e sair. Simples assim, nada demais né? Pois bem. É.

A real é que com toda essa história de não sabia que estava grávida e de ter sido tudo no susto e muito tranquilo não me preparou para o que estava por vir. Numa dessas alguma parte minha ainda acha que pode cair par praia no fim de semana, ou ir num showzinho durante a semana, ou ainda almoçar num restaurante tranquilamente. Coisas que eu fazia, e que os outros fazem mas que não pertencem mais.

Não estou aqui achando a minha vida nova ruim, não é isso não. É até estranho na verdade falar tudo isso, por que é um pensamento que todas as vezes que tive eu bloqueei, porque parecia que eu sou uma pessoa infeliz, parecia até que eu talvez estivesse rejeitando o que vivo hoje, como se não quisesse meu filho. E não é NADA disso. É só um conflito interno. Que por mais complexo que seja é simples.

Não troco a vida de mãe por nada. É bem estranho admitir isso, mas é verdade. O que acontece é que as vezes sinto falta de coisas que faria como não-mãe. Como não-responsável. E conversando aqui e ali, isso é normal. Creio que pelo fato de não ter me preparado para essa nova fase.

Fui jogando e quando vi a fase mudou e não sei matar o chefão. Tipo assim.

E isso passa. Pelo menos passou. Sei que daqui uns dias volta... as aí passa de novo e assim vamos caminhando que tem muito mais fases e chefões por vir.

Pronto, passei de fase, e agora mãe?! 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Nove meses e mais

Estava esses dias pensando que Joaquim já está a mais tempo no mundo real que na caverna barriga.

É engraçado pensar isso... tipo, que teve toda uma "vida" antes disso... e que apesar de eu não saber que ele estava lá escondido esse tempo todo, o bichinho já me acompanhava para cima e para baixo.

Pois bem.. nesses nove (mais) meses acho que a gente aprendeu pra caramba. A ter paciência, a decifrar pensamentos, a não dormir, a rir, aprender, descobrir, chorar... e nesse tempo todo tivemos também duas mil fases. A do não dormir at all, a do dormir, a do chorar por cólica, de chorar por dente, de chorar por chorar. De querer ficar grudado na mãe o tempo todo e de virar mais independente e querer férias dela. De ser um ser molengo, de sentar, se arrastar, engatinhar, ficar em pé e quase andar.

Muita muita coisa em muito e ao mesmo tempo pouco tempo.

A real é que o tempo aqui fora passa mais rápido. Talvez por não ter muito tempo de fazer nada que não correr atrás do pequeno ser... mas nove meses são uma vida. E nem é tanto tempo assim.

sou um moço sério, tá?