segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Zé baguncinha

Se o Joaquim não chamasse Joaquim seria Baguncinha. Ou Zé Baguncinha. Porque o dia dele pode estar péssimo, basta você fazer alguma coisa que remeta à bagunça e pronto. Passou.

Está chorando? Vira de ponta cabeça. Birrento? Mostre um papel e uma caixa de giz de cera. Chatonildo? Deixa sentar do lado do vaso na sacada. Não é 100% garantido ou seu dinheiro de volta, mas ajuda bastante. Se tem algo ilegal, imoral, que engorda ou suja ele está no meio do bolo.

Fomos no casamento da tia Juca sábado. Num local aberto, super gostoso. Que tinha um parquinho. Joaquim com sono, sem querer dormir, chatonildo. Viu as pedrinhas. Sentou, rolou, se arrastou na terra, rolou na grama e pronto: passou.

OK que no começo eu ficava meio tensa... porque você vai lá, dá banho, põe uma roupa linda, penteia, deixa todo gostoso e cheiroso e ele se arrasta no chão igula uma salamandra. Mas né?! é criança. Então voc6e respira fundo, sai de casa de preto (pra não sujar muito) e se joga junto.

Porque criança é pra bagunçar e se sujar. E tem sabão líquido e maquina de lavar para essas coisas.

A coxinha empanada mais gostosa do oeste. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Respeite meus cabelos brancos

Hoje vou ignorar que sou mãe e lembrar por míseros 5 minutos que opa! sou mulher. E estou com uns dois mil cabelos brancos na cabeça.

Não embaixo, escondidos, mas bem em cima. Tipo soltou apareceram lindas luzes brancas.

É o fim se aproximando.

Vou ali comprar henna e ficar cheirando chá por uma semana, um beijo.

Sou linda, sou diva, sou mortícia.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Trago o sono desejado em três dias

Estava aqui pensando que estou morta morrida com dor nas costas precisando de uma boa noite de sono e de um spa e de uma massagem no pé e férias e não sei o que mais enquanto pesquisava uma fórmula mágica para bebês dormirem a noite toda.

Só não joguei no todo-poderoso-google porque baixou um pensamento super esperto aqui que "não existe fórmula mágica cara pálida". Dãr. É óbvio.. só faltava agora, depois de uma gestação de poucos aparentes meses, e de quase um ano (caracas UM ANO) de convivência que eu ia realmente esperar uma fórmula mágica né colega?

Não tem.

Nem pra dormir, nem pra comer, nem pra nada. Acho que nem essa galera que traz o homem amado em três dias dá jeito. Porque né? esse lance de maternidade – como todo o resto das coisas na vida, convenhamos – não tem um jeito certo ou errado, e nem um super macete infalível. Vai no erro e acerto, mais erro que acerto, e vamo que vamo.

Devo ter pelo menos mais dezoito anos sem dormir pela frente. O que é uma noite a mais né produção?

Update: essa noite pós-post o pequeno acordou não uma, nem duas mas oito (oi-to) vezes. Cinco delas no grande intervalo de 3h30 e 4h15 da manhã. Bacana né?! Acho que Joaquim tem algum informante que o atualiza do que escrevo aqui e ele faz igual ou pior para não me contrariar. Só pode. Assim, se alguém tiver uma receita/reza/simpatia/fórmula/qualquer coisa que me garanta o sono dessa noite agradeço.

Confia na mamãe: 8 horas de sono faz bem pra saúde (de todos da casa)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Tempo ligeiro

Estamos aqui, onze meses depois. Dezesseis se for contar a gravidez... Mas enfim. Estamos aqui, vivos e sobrevivendo.

É engraçado pensar que não parece tanto tempo assim ao mesmo tempo que parece. Ver o tamanho do pequeno que já não é mais tão pequeno assim assusta.

Nasceu, dois dias depois engatinhou, três dias depois um dente, mais um e falando e daqui a pouco anda e esta na faculdade. Numa dessas eu pisco e ele chega em casa me apresentando uma doida que conheceu de Brasília pela internet. Paaaaara né?!

Pode parar de crescer. Ou não. Porque você esta grande e lindo demais. E daqui um mês tem bolo!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Nem tudo são rosas

Estou há um bom tempo – cerca de um mês – ensaiando um post lindo sobre o como tem sido os ultimos meses, como Joaquim está, sobre o quanto eu acho que dez meses é a idade mais legal do mundo – pelo menos até agora – e tudo mais, mas sabe como é, por falta de tempo – e de um trem que leia meus pensamentos e transforme meus posts mentais em escritos – acabou que não escrevi, e que muita coisa aconteceu nesse meio.

Porque né? Aqui até a última vez que verifiquei o analytics, todos que lêem esse blog são humanos, e numa dessas todos temos nossos momentos de pânico e desespero. Uns mais, outros menos, uns mostram, outros não. Mas eles existem e pronto.

Pois bem... eu ia pular o meu – um deles – porque acho que ninguém está a fim de ver chatices alheias.. mas pensando bem, eu adoro quando vejo que "oi, não estou sozinha no mundo e mais gente passa por isso" que resolvi vir aqui compartilhar. Mesmo que fora do tempo, ou do dia que aconteceu, mas estamos aí com o que sobrou de memória.

Quinta-feira passada eu estava chata. Tipo beirando o insuportável. Porque eu queria sair de casa, e não sair de casa do tipo: vamos no parquinho, vamos no supermercado, ou vamos no parquinho (observe a gama de opções). Sair do tipo ir num bar, ou jantar, ou dançar, mas isso sem todo o operacional de pegar fralda, suco, carrinho, sei lá mais o que. Simplesmente tomar banho, colocar uma roupa e sair. Simples assim, nada demais né? Pois bem. É.

A real é que com toda essa história de não sabia que estava grávida e de ter sido tudo no susto e muito tranquilo não me preparou para o que estava por vir. Numa dessas alguma parte minha ainda acha que pode cair par praia no fim de semana, ou ir num showzinho durante a semana, ou ainda almoçar num restaurante tranquilamente. Coisas que eu fazia, e que os outros fazem mas que não pertencem mais.

Não estou aqui achando a minha vida nova ruim, não é isso não. É até estranho na verdade falar tudo isso, por que é um pensamento que todas as vezes que tive eu bloqueei, porque parecia que eu sou uma pessoa infeliz, parecia até que eu talvez estivesse rejeitando o que vivo hoje, como se não quisesse meu filho. E não é NADA disso. É só um conflito interno. Que por mais complexo que seja é simples.

Não troco a vida de mãe por nada. É bem estranho admitir isso, mas é verdade. O que acontece é que as vezes sinto falta de coisas que faria como não-mãe. Como não-responsável. E conversando aqui e ali, isso é normal. Creio que pelo fato de não ter me preparado para essa nova fase.

Fui jogando e quando vi a fase mudou e não sei matar o chefão. Tipo assim.

E isso passa. Pelo menos passou. Sei que daqui uns dias volta... as aí passa de novo e assim vamos caminhando que tem muito mais fases e chefões por vir.

Pronto, passei de fase, e agora mãe?!