sexta-feira, 13 de julho de 2012

Verdades do pós-parto

Não vou entrar em detalhes sobre como é ou não é...especialmente porque eu não vi nada; mas tem umas coisinhas que ninguém conta e é um saco você descobrir sozinha.

O Quim estava muito confortável sentado, lembram? Numa dessas ele nasceu de cesárea. Aí você me pregunta: e como é? dói? incomoda? é traumático? Não meu povo... é bizarro. Essa foi a única palavra que eu encontrei para explicar como isso tudo funciona.

Primeiro que é rápido pra caramba. Tipo, o nascimento. O que demora é todo o processo de abre fecha. E isso é um saco. Porque você colocou a roupinha, foi pra maca, andou pelos corredores, tomou anestesia - que nem dói tanto assim - a vacina de tétano que tomei esses dias doeu muito mais - deitou lá e ficou esperando alguma coisa acontecer. Aí você ouve o choro, vê o ser sujinho, dá um beijo, sorri pra foto e fim. Nisso foram sei lá.. 20, 30 minutos? Depois que demora uma eternidade.... mil anos para te fecharem.

OK, falando assim é aterrorizante né? O fato de abrir também... mas se você for não pensar e ver que, na verdade você não sante porcaria nenhuma, não é tão péssimo assim. É chato pra caramba ficar olhando pro lençol, revezando com o teto por infinitas horas, sabendo que estão mexendo, chacoalhando e tudo o que tem direito e não sentir ou ver nada. É estranho, mas no fundo é bom.. porque deve ser nada agradável assistir - Tadeu que o diga.

Bom.. aí passou tudo isso.. você viu aquela carinha linda de joelho, se emocionou, ficou mais infinitos tempos esperando acabar tudo. Aí você pensa: uhu! acabou.. vou pro quarto ver o pequeno!

Incorreto. Você vai pra damn recuperação.

Pensa num lugar chato. É lá. Você fica uma cara, olhando pro teto sem sentir sua perna. Pode ser mais chato, produção? Pode sim: você só sai de lá quando mexer a perna.

Eu não tive sono... então fiquei quatro longas horas - o dia que o Quim nasceu a maternidade estava superlotada e por isso demorei alguns anos para chegar no quarto - tentando passar o tempo. Minha escolha foi brincar de Kill Bill: mexa dedão! mexa dedão!

Chato pra caramba... mas aí você vai pro quarto e vê o coisinha mais linda do mundo! iei!

E a recuperação? Bom... acho que isso - assim como a gravidez em si - é super relativo. A minha foi rápida e tranquila. Em pouco tempo eu andava de boa, sentava com as pernas cruzadas (de índio) e tudo isso na paz. Há quem diga que demorou muito mais tempo... então acho que é de um pro outro e de oytro pro um. A real é que não dá pra abusar e se sentir a supermulher de uma hora pra outra... é chato de levantar... a cicatriz em si não incomoda mas todo o resto sim. Nada que você vá morrer... acho que é bem como uma oura cirurgia qualquer.

Mas ó... não se assuste. É de boa. Prometo. (e ver aquela carinha linda te mirando compensa qualquer dor)




quarta-feira, 11 de julho de 2012

Dormir é para os fracos

O mito dos mitos é, definitivamente por ora, esse lance de que uma criança passa a dormir a noite toda após completar três meses. A não ser que o conceito de "noite toda"seja de quatro horas, isso é uma puta de uma mentira deslavada.
OK que você - assim como eu - vai conhecer uma meia dúzia de pessoas que vai dizer que isso acontece mesmo. Umas até dizem que foi incrível como o filho magicamente passou a dormir...
Mas a real é que isso é um dos maiores mitos da história e que se eu pudesse pegar na porrada o cidadão que inventou isso eu o faria.
Sério, porque eu passei três meses esperando o dia que isso ia acontecer. Tipo, acreditei de verdade que clic, deu a idade X ele dorme, uhu!
Não, não dá para generalizar... por exemplo.. novinho de tudo o Quim resolveu uma época dormir a noite toda.. há um tempo atrás de novo, ia das 19h30 às 5h (que é o horário que acordamos, conviva com isso); mas depois que ele fez três meses achou tudo isso uma chatice e passou a fazer uma baladinhas de vez em quando.
A real meu povo na verdade é uma só: todos esses lugares comuns de comuns não tem é nada. Essas regrinhas que a gente pensa que "oh.. que bom saber isso"... é meio que lenda. Cada um é cada um e gosta daquilo que prefere.
Meu pequeno é baladeiro. Vou fazer o que? Não durmo. Porque dormir é para os fracos.