terça-feira, 22 de maio de 2012

E sair de casa, pode?

Poder pode... o X da questão é como, quando e como (já foi o como né? mas é bom reforçar)

Das muitas mudanças d.J. (depois do Joaquim) que não me adaptei, uma das que mais demoro a assimilar é o processo sair de casa. Coisa que antes, mesmo com barriga e talz eu fazia em cinco minutos, hoje é um longo processo de no mínimo uma hora. E isso meu bem, só aprendi na marra.

Primeira consulta na pediatra, adivinha quem chegou atrasada e esbaforida. Eu, lógico. porque pensei que o fato de sair de casa era fácil: pega o baby, a malinha, põe no carro e vai. Mas não meu amigo... isso não é real.

Rola toooooda uma preparação prévia, de deixar a mala pronta com duas mil fraldas - já caí no conto de "essas quatro dão" e me vi em apuros: melhor sobrar - ver se o cidadão está com fome, se tem que trocar, se está bem agasalhado.. já disse que tem que ver se está com fome? Pois é... e além disso tudo toca colocar o bebê desconforto no carro, convencê-lo de sentar ali... e ufa! Com um pouco de sorte você sai de casa.

Então com esse trampo todo... nem vale a pena pensar nisso né?

Lógico que não menina! Vai se trancar no lar por toda eternidade, amém? Lógico que não...

Já saímos com o Quim umas várias vezes... ele foi ajudar a comprar sofá, a colocar comida em casa, já foi almoçar com a mãe no aniversário dela e comer pastel na feira com o pai dele. Tá certo que por ser muito pequeno não dá para ir pra todo canto e sem limites... mas sair faz bem para todos. Sei lá... pode ser coisa minha, mas não acho saudável ficar em casa 100% do tempo. Um solzinho faz bem.. ver gente também. Não é porque você vai ter o maior trampo do mundo <drama mode on> que não vale a pena encarar a maratona.

Então respira fundo e acredita. Você vai se sair bem.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

mãe é mãe (e vice-versa)

Quase dois meses para voltar aqui... é.. isso de ser mãe dá trabalho.

No meio de tantos clichês e mentirinhas que a gente ouve sobre maternidade (prometo acabar com todos os mitos), uma verdade te garanto: mãe é mãe e vice-versa. Joaquim sem a dele não sobreviveria e idem eu sem a minha. Acho que com ela também foi assim. Pelo menos sei que minha vó ajudou quando eu nasci - e pelo o que consta nos registros eu era um bebê insuportável.

Admiro muito quem consegue ser mãe sozinha. Especialmente nesse começo, porque ó.. vou te dizer: é foda. Tentei achar uma palavra mais bonitinha - minha mãe não gosta que eu fala palavrões - mas não existe nada mais leve que explique melhor. É tudo muito novo. Esse lance de amamentar, dar banho, trocar, e ainda sorrir nesse meio tempo e achar que não está cansada. Cansaço, por sinal, é palavra de ordem que substitui desde o primeiro minuto de vida do filhote a palavra rotina. Essa aí vira uma palavra extinta no vocabulário. Já nem sei mais do que se trata.

Numa dessas, dependi - e ainda dependo, já que vira e mexe depois da mudança de casa ligo para ela pedindo socorro - muito da minha mãe (e do Tadeu, que me salva todas as noites). Fosse para ajudar no banho - que até pouco tempo atrás tinha medo de dar sozinha e sempre esperava alguém junto - fosse para arrumar a cama, abrir uma janela, segurar o pequeno para tentar tomar um banho ou tirar um cochilo. Preciosos momentos de você com você mesma que passam a ter um valor incalculável.
Aí você lê tudo isso e pensa: caraca! mas quanta reclamação! não quero nunca ser mãe.

Larga mão... se fosse tão ruim assim eu não estaria aqui contando tudo isso.

Apesar de todo cansaço, dificuldade e dependência é muito bom. É estranho pensar que um serzinho depende de você para existir. E justamente por ser uma coisa inexplicável que é tão mágico. É só pensar que todos os outros seres do mundo nascem sabendo tudo e só nós humanos que não. Ele depende de você para comer, dormir, aprender... isso é mágico. Noites em claro ou dormindo sentada? sim, isso vai existir e muito. Mas aí... quando você está no auge da irritação, fazendo planos sobra sumir no espaço e passar férias em Saturno, ele vai e te olha com uma carinha que não existe no mundo. E tudo isso passa. Como se não existisse cansaço, minhocas na cabeça nem nada disso. É você e ele e mais nada no mundo.

tem como resistir?!


Acho que é daí que dizem o tal padecer no paraíso...