domingo, 29 de janeiro de 2012

Primeiro ultrassom

Dizem que primeiro alguma coisa a gente nunca esquece. Bom, o primeiro filho então nem se fala né? Ainda mais nesse turbilhão todo...

Pois o primeiro ultrassom foi uma coisa assim de outra realidade.

Tinha acabado de sair da primeira consulta com a médica, acabado de saber que os dois meses eram quatro/cinco, acabado de ouvir o coração batendo,... enfim... muitas primeiras vezes, inclusive a de realmente entender que estava gestando. Numa dessas vamos lá ver o bebê não é? Afinal já completamos o ciclo de primeiras coisas.

Antes de entrar no ponto ultrassom em si, não sei se já disse isso antes, mas o bacana da gestação a jato é o fato de que "pulei" toda a parte de esperas de uma gestação normal. Foi o que amigas e a médica mesmo falaram pelo menos. Que não tive toda aquela ansiedade de esperar X tempo para descobrir o sexo do bebê, de esperar a barriga crescer... isso, somado ao fato de sintomas zero (nada de enjôos e essas coisas comuns de gravidez), fez com que todo o período pré-barriga passasse desapercebido e começasse logo a saber tudo na fase de emoções.

Numa dessas o primeiro ultrassom foi também quando descobri o sexo, o peso, tamanho, vi pés e mãos e tudo que se tem direito.

Mas voltando...

Chegando no lugar lá de fazer o exame, começaram as perguntas inevitáveis que eu saberia ter que aguentar caras de surpresa. Está grávida de quanto tempo? não sei, por isso vim aqui. E dá-lhe cara de ué das recepcionistas, de como assim essa monstra não sabe?! Não sei ué! Pra mim eram dois, já me falaram em três, quatro... não ficarei surpresa se falarem que é sete, então pode por aí que não sei, um beijo.

Bom, após fazer a ficha com dados incompletos, chamam a mãe desnaturada e perguntam a segunda coisa que nunca soube - até hoje - responder: data da última menstruação. Alou?! se eu não sabia nem que estava gestando, como vou saber isso? próxima pergunta! Descubro então que esse dado não tem importância porque dá pra saber isso pelo tamanho do feto. Me pergunto porque então me importunar com isso, mas lembro que agora sou mãe e devo sorrir pras pessoas. Sorrio. Espero o médico.

O médico - um senhorzinho bem simpático - chega, faz todas as mesmas perguntas que eu não soube responder e muito solícito diz que ok, então vamos descobrir. E lá vai aquele gel gosmento gelado e vamos ver na telinha o que se passa aqui dentro. Canto mentalmente a música do Cidade Negra (você precisa saber o que passa aqui dentro... eu vou falar pra você) e respiro fundo...

A emoção é sem tamanho. Que tudo começa a fazer sentido. Tem mesmo uma pessoinha ali dentro. OK que não dá pra distinguir nada de coisa nenhuma, mas que tem uma pessoa ali tem.

E aí era a parte mais divertida. O médico todo simpático vira e fala: tá vendo a costela ali? E eu, sincera: não. Aí ele vai lá, mostra, fala que isso é costela, aquilo é coluna, ali tem uma perna... e eu tentando achar todo o meu instinto maternal que deve estar ali em algum lugar para poder ver tudo aquilo que ele via.

Confesso meu filho: seu primeiro ultrassom foi terrível. Eu não sabia o que era o que. Pelo menos até a hora que apareceu uma mão! Aquilo eu sei que é uma mão Dr!! E os pezinhos.. ownnn.. dez dedinhos, fiz questão de contar pra ver se estava tudo ali. e a cabeça e o fêmur.... e o coração que parecia a bateria da Estação Primeira. Tudo ali! Isso, e mais um plus: quer saber o que é?! Derrr lógico que sim! Então tá: olha ali o pipi dele. É menino! alegria alegria... começou ali a vida do nosso menino.


E eis o primeiro ultrassom. Um doce pra quem conseguir ver o que é o que.

2 comentários:

  1. Minutos num cinza gosmento. Pode ser essa a sensação?

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  2. Que DEMAIS NATTY!!! Tô amando! Mamãe!!!! Parabéns!!!! Abençoada do dia para a noite!

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