Aquele dia podia ser mais normal para a Nat, afinal era o segundo. Mas para mim não tinha nada de normal. A começar pela excursão ao médico, composta de pai, mãe, Joaquim e as avós. Depois porque era a minha primeira. Minha primeira ida ao ginecologista e meu primeiro ultrassom.
Dessa vez, como já estava programado, não podia perder. Ia finalmente ouvir as considerações da médica, ver meu pequeno lá naquela telinha e ouvir aquele coração batendo.
Uma agonia cheia de ansiedade e está na hora. Entra na salinha, acomoda todo mundo, liga o dvd para gravar, faz piadinhas para tentar passar a ansiedade, o médico entra com aquela cara de que saco, lá vou eu fazer isso de novo.
Gelzinho na barriga da mãe e tá lá o que eu queria. Uma tela preta e branca na qual eu não consigo indentificar nada. Manchas vão e vem e de repente tudo começa a aparecer com um certo foco.
Perninhas, bracinhos, coluna, umas coisa que não consigo identificar. Um confere no sexo para acabar com o papinho que rolava na salinha sobre surpresa de sexo. E a hora mais esperada. O coraçãozinho batendo.
Não costumo me emocionar facilmente, mas aquele coração batendo é algo de arrepiar. Na hora os pelos se levantam e um sorriso bobo aparece no rosto. Coisa linda de Deus.
Eu estava ali meio em êxtase, meio atordoado sem entender direito aquele sentimento e me vem o Joaquim, com toda sua simpatia, dar um jóinha como se falasse, pai tá tudo bem aqui!
Esse menino...
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